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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Veneno: nasce base de dados europeia para desenvolvimento de drogas



via AFP /Agence France-Presse | Estado de Minas

Serpentes, escorpiões, aranhas, anêmonas do mar, formigas, lagartos: o maior banco de dados do mundo sobre as peçonhas, fonte potencial de futuros medicamentos (diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade...), será criado a partir do projeto europeu Venomics.
Ao final de quatro anos de trabalho, esta base de dados única estará acessível aos pesquisadores na internet no final deste mês - informou nesta sexta=feira Frédéric Ducancel, do Instituto de doenças emergentes e terapias inovadoras (CEA-IMETI), membro do consórcio Venomics, apresentando um primeiro balanço.

O banco vai colocar a disposição mais de 25.000 sequências de toxinas (análises genéticas) provenientes de amostras de 203 espécies animais, indo de alguns gramas (como a maioria das aranhas) a vários quilos, como a serpente mamba.

Cerca de 4.000 toxinas (mini-proteínas ou "peptídeos") puderam ser produzidas in vitro a partir dos venenos estudados e são objeto de estudo. Eles são armazenados em Saclay, nos arredores de Paris.

"Este inventário mostrou que metade do que foi identificado nos venenos estudados não correspondia a nada do que era conhecido, nos planos genético e biológico", segundo o pesquisador.

Na história da farmacologia, já existem exemplos de medicamentos extraídos da pesquisa sobre as peçonhas, como o anti-diabetes Byetta (saliva do mostro-de-gila, um lagarto venenoso) ou o analgésico Prialt (veneno de um caracol).

As tecnologias modernas (como a genômica, o sequenciamento de DN em grande escala, estudo das proteínas) permitiram acelerar a pesquisa das moléculas candidatas a tornar-se medicamentos nos campos da obesidade, diabetes, alergias, imunologia, doenças cardiovasculares, até mesmo do câncer. Cerca de trinta já foram recuperadas.

O projeto Venomics, que obteve um financiamento europeu de 6 milhões de euros, associa parceiros de cinco países europeus (Bélgica, Dinamarca, Espanha, França e Portugal), do privado e do público. Mas os pesquisadores esperam poder encontrar novos financiamentos para dar continuidade a esta pesquisa.

"Há cerca de 150.000 a 200.000 espécies venenosas, talvez até mais, que representam dezenas de milhões de moléculas potenciais", afirmou Ducancel.

Duas outras bases de dados deste tipo já existem no mundo, uma para as cobras e outra para as aranhas.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Portal de medicamentos


O Drug Information Portal oferece aos usuários uma porta de entrada para informações sobre medicamentos selecionados da Biblioteca Nacional de Medicina Americana (e de outras agências do governo americano). No topo da página estão os links para recursos individuais com informações de medicamentos, incluindo resumos sob medida para diversos públicos. 

A caixa de pesquisa no centro da página permite pesquisar muitos desses recursos simultaneamente. Mais de 49 mil medicamentos podem ser pesquisados. O portal cobre medicamentos a partir do momento que eles são inseridos em ensaios clínicos (Clinicaltrials.gov), através de sua entrada no mercado dos EUA (FDA). O link PubMed fornece literatura médica e para o TOXLINE fornece literatura toxicologia.




sexta-feira, 29 de novembro de 2013

DockThor: um portal para desenvolvimento de novos fármacos


Um portal desenvolvido por uma equipe de pesquisadores do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) auxilia a reduzir os custos e o tempo de desenvolvimento em pesquisas para a descoberta de novos fármacos. Totalmente gratuito, o portal DockThor, é o primeiro do Brasil - e do Hemisfério Sul - voltado para auxiliar na avaliação de pequenas moléculas ligantes, que possam ajudar no tratamento de doenças, como Aids, doença de Chagas, entre outras.

"Com recursos de modelagem molecular, qualquer pesquisador que trabalha com biologia computacional pode simular a interação entre uma molécula ligante e uma proteína relacionada à doença a ser tratada. O portal possibilita a preparação automática da proteína e do ligante sem a necessidade de especialistas em modelagem molecular", explica o especialista em biofísica Laurent Emmanuel Dardenne, que desenvolveu o projeto com apoio do programa Jovem Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ. "Depois, um algoritmo genético é utilizado para investigar várias possibilidades, com o objetivo principal de prever o modo de ligação e a força de ligação entre a proteína e o ligante. Quanto mais forte a afinidade entre as duas moléculas, maior a probabilidade de que a molécula ligante em estudo seja um bom candidato para o processo de desenvolvimento de um novo fármaco. Moléculas ligantes com forte afinidade com a proteína HIV-protease, por exemplo, seriam capazes de inibir a replicação do vírus HIV, causador da Aids”, complementa. 

Dardenne  explica que, para fazer uso do portal DockThor, acessível no endereço http://dockthor.lncc.br/, o pesquisador precisa apenas enviar um arquivo com informações sobre a molécula ligante e a proteína que deseja pesquisar. O programa é então executado a partir da infraestrutura fornecida pelo Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Sinapad), uma rede de centros de computação de alto desempenho criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), onde o portal se encontra hospedado. Quando a simulação termina, o pesquisador pode acessar os resultados por meio de uma página específica enviada para o e-mail cadastrado. “Os resultados são analisados no próprio portal DockThor e normalmente são enviados aos usuários em menos de 24 horas", destaca. Esse é um aspecto dos mais importantes em nosso projeto, já que o sistema Sinapad torna o  portal DockThor acessível a pesquisadores de qualquer parte do país e do mundo, viabilizando e facilitando o aumento no número de pesquisas nessa área.

O projeto do portal possui apoio do Instituto Nacional de C&T de Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar) - rede de grupos de pesquisa de excelência na área no Brasil - e futuramente permitirá que pesquisadores do Inofar tenham acesso à realização de simulações com seu banco de dados de ligantes e com as proteínas-alvo empregadas em seus estudos específicos de desenvolvimento de fármacos.

Segundo Dardenne, o desenvolvimento de um fármaco leva, em geral, entre 10 e 15 anos, envolvendo não apenas uma grande quantidade de tempo, mas também de custos financeiros, o que torna a atividade extremamente cara. "O uso de técnicas de modelagem computacional é de extrema importância para reduzir o tempo em pesquisas ligadas à química medicinal. O problema é que os gastos com licenças e dificuldades na instalação de softwares, além da falta de profissionais especializados na preparação e interpretação de dados moleculares, muitas vezes inviabilizam o processo. Com o portal DockThor, todo esse tempo e esse caminho são tremendamente encurtados", afirma.  

Colocado no ar no mês de julho, durante a realização da 65ª Reunião da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), o portal já teve até o momento cerca de 670 visitantes únicos, com 360 trabalhos submetidos desde seu lançamento. "No futuro, esperamos também aumentar a eficácia de nossa tecnologia, com a possibilidade de testar várias centenas ou milhares de moléculas com determinada proteína em uma única execução do programa, além de prever com maior precisão a afinidade de ligação. Isso nos permitirá acelerar ainda mais todo o processo de descoberta e planejamento de novos fármacos", conclui.

Assessoria de Comunicação FAPERJ 
via Planeta Universitário

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Plataforma online para médicos facilita busca e prescrição


Plataforma destinada para médicos permite a consulta de informações de mais de 1,2 mil medicamentos fabricados por 46 laboratórios

Thiago Schiefer, de Exame

Quando alguém escreve com uma caligrafia ilegível, costuma-se afirmar que o sujeito utilizou uma “letra de médico”. A comparação pode ser exagerada, mas tem um fundo de verdade: muitas vezes, entender a prescrição indicada dos medicamentos após uma consulta se torna uma tarefa heroica. Para o paulista Ricardo Moraes, de 31 anos, isso não foi diferente.

Desde janeiro de 2012, ao lado do primo René e do irmão Marcel, o empreendedor lançou o Memed, uma plataforma destinada para médicos que permite a consulta de informações de mais de 1,2 mil medicamentos fabricados por 46 laboratórios farmacêuticos. Além disso, o serviço também possibilita a criação de uma receita que é impressa e assinada posteriormente pelo profissional da saúde. Em outras palavras, a tal “letra de médico” tem seus dias contados.

Durante seu pitch, nome dado à apresentação das startups aos investidores, Moraes conta que decidiu criar a empresa após não entender as indicações de uma prescrição. A história, no entanto, também possui um tom de brincadeira. Afinal de contas, o médico com quem o empreendedor se consultou era seu irmão, que é dermatologista na cidade de Avaré, terra natal da família.

O irmão de Ricardo Moraes, aliás, se tornou o primeiro usuário do Memed e principal responsável pela validação do negócio. “Quando ele ia para congressos de medicina, conhecia remédios novos, mas não tinha um local para catalogar essas informações. Então, começamos a pensar em um modelo capaz de unir os médicos e a indústria farmacêutica”, afirmou o empreendedor.

Por conta da afinidade familiar, o Memed foi lançado inicialmente para médicos dermatologistas. Após atingir cerca de 20% dos profissionais dessa área no Brasil e registrar quase 2 mil prescrições por mês, com um aumento mensal de 30% dos usuários, os empreendedores irão expandir a plataforma para todas as especialidades da medicina até o final do ano.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Site com informações sobre efeitos colaterais de remédios é lançado na Europa

Foi lançado nesta quinta-feira (31) na Europa um banco de dados para informar o público e profissionais de saúde sobre casos suspeitos de efeitos colaterais de medicamentos.
De acordo com a EMA (Agência Européia de Medicamentos), A biblioteca online já contém informações relacionadas a 650 drogas.

"O lançamento do website realça a importância da vigilância farmacológica de reportar os efeitos colaterais dos medicamentos e de garantir a saúde pública dentro da União Europeia", afirmou a agência.

As informações vem diretamente da EudraVigilance, banco de dados de segurança da União Europeia.

O site reúne notícias de reações adversas submetidas por pacientes e médicos para autoridades regulamentadoras, além de relatórios de laboratórios farmacêuticos, legalmente obrigados a divulgar tais documentos para terem permissão para venda de remédios na Europa.

Inicialmente, as informações estão apenas em inglês, mas devem ser traduzidas para os outros 22 idiomas oficiais da União Europeia nas próximas semanas.

Fonte: Tribuna da Bahia


European database of suspect adverse drug reaction reports

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Farmacopéia Brasileira


A Farmacopeia Brasileira é o Código Oficial Farmacêutico do País, onde se estabelecem, dentre outras coisas, os requisitos mínimos de qualidade para fármacos, insumos, drogas vegetais, medicamentos e produtos para a saúde. Tem por finalidade promover a saúde da população, estabelecendo requisitos de qualidade e segurança dos insumos para a saúde, especialmente dos medicamentos, apoiando as ações de regulação sanitária e induzindo ao desenvolvimento científico e tecnológico nacional.


www.anvisa.gov.br/farmacopeiabrasileira/virtuais.htm

domingo, 21 de agosto de 2011

Universitários reescrevem textos das bulas de remédios



Manual produzido por alunos da Universidade de Brasília pode ser acessado pela internet. Objetivo é ajudar na compreensão dos pacientes

Guilherme Portanova / Jornal Hoje

Um grupo de alunos da Universidade de Brasília fez um manual sobre medicamentos que pode ser consultado pela internet. Mais de 160 bulas já foram traduzidas. A ideia é facilitar a vida dos pacientes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, anteriormente, que os laboratórios também deveriam fazer bulas mais simples. Quase 400 estão prontas e podem ser consultadas no site da Agência.

Alguns termos foram simplificados como, por exemplo, "posologia", que se transformou em "como devo usar este medicamento". “O objetivo é fazer com que o paciente, a partir do momento que entenda a bula, possa retratar para o seu médico os sintomas e os sinais e ajudar também no próprio tratamento dele, tomando os medicamentos de forma correta”, explica Patrícia Medeiros, professora de Farmacologia da Universidade de Brasília. Os pacientes de cardiologia do Hospital Universitário de Brasília já levam para casa as bulas traduzidas.

Dica da Tatiana Nahas - Ciência na Mídia

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Base de dados brasileira de propriedades farmacocinéticas

No encalço das moléculas

Os pesquisadores que se dedicam à descoberta e desenvolvimento de novos fármacos acabam de ganhar um importante aliado: foi lançada a primeira base de dados brasileira de propriedades farmacocinéticas.

A base de dados, que contém informações sobre propriedades farmacocinéticas e físico-químicas de mais de 1,3 mil fármacos, foi inteiramente criada por pesquisadores do Laboratório de Química Medicinal e Computacional (LQMC) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP).

O LQMC faz parte do Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural (CBME), um dos 11 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da FAPESP.

De acordo com o coordenador do LQMC, Adriano Andricopulo, o termo “farmacocinética” se refere ao caminho que um medicamento faz no organismo, englobando processos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME).

“O cientista que trabalha no projeto de um novo fármaco precisa estudar essas propriedades, mas encontra grande dificuldade, pois há pouca disponibilidade de dados padronizados. Essa base de dados, inédita na América Latina, tem poucas similares no mundo e nenhuma delas tem acesso aberto e gratuito”, disse Andricopulo à Agência FAPESP.

As informações sobre os 1,3 mil fármacos disponíveis na base, batizada de PK/DB (de Database for Pharmacokinetic Properties), incluem mais de 3,2 mil medidas de propriedades farmacocinéticas, entre as quais absorção intestinal, biodisponibilidade oral, ligação às proteínas plasmáticas, metabolismo mediado pelo citocromo P450, volume de distribuição, tempo de meia-vida e permeabilidade da barreira hemato-encefálica.

Segundo Andricopulo, que também é diretor da Divisão de Química Medicinal da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), foram necessários cinco anos de trabalho para reunir e padronizar informações detalhadas sobre uma quantidade tão grande de compostos.

“O resultado é uma base bastante robusta, que permite estudar propriedades de moléculas com grande diversidade química. Com isso, os pesquisadores podem planejar mudanças estruturais na molécula e observar como elas vão afetar as propriedades”, disse. Predição de propriedades
Andricopulo explica que a farmacodinâmica, isto é, o estudo sobre como os fármacos interagem com seu receptor-alvo para exercer sua ação farmacológica, tem sido muito valorizada. Mas sem conhecer as propriedades farmacocinéticas não se pode compreender como o fármaco poderá chegar a seu alvo.

“Para que um fármaco seja administrado por via oral - que é um objetivo fundamental para a indústria farmacêutica - a fase farmacocinética precisa ser profundamente estudada. Eventualmente, uma molécula pode ter excelentes características famacodinâmicas, mas pode não ser solúvel em água, por exemplo, o que inviabilizaria um projeto de medicamento com administração oral”, explicou.

Outra característica importante da base PK/DB é que ela conta com um novo sistema integrado de predição de propriedades, que se baseia em modelos desenvolvidos pelo grupo do LQMC com uma nova tecnologia de fragmentos moleculares especializados.

“Pelo sistema, o pesquisador pode enviar a molécula nova que desenvolveu e nós enviamos a predição das propriedades. Nenhuma base de dados do mundo disponibiliza esse serviço gratuitamente, de forma rápida e eficaz”, disse o pesquisador.

Segundo ele, os modelos inovadores incluem a predição de propriedades de absorção intestinal, ligação às proteínas plasmáticas, permeabilidade da barreira hemato-encefálica, solubilidade em água e biodisponibilidade oral.

Desenvolvido com auxílio da FAPESP no doutorado de Tiago Moda, um dos alunos de Andricopulo no LQMC, o modelo de biodisponibilidade oral teve repercussão internacional. Ele foi descrito em artigo na revista Bioorganic & Medicinal Chemistry e foi destaque, em nono lugar, na lista dos 25 melhores artigos da revista em 2007.

“A biodisponibilidade oral humana se refere à fração do fármaco administrado que chega de fato à via sistêmica, isto é, à corrente sangüínea do paciente, onde poderá encontrar seu receptor-alvo e exercer o efeito terapêutico. Por exemplo, no caso do medicamento de maior sucesso de vendas da história - US$ 12,68 bilhões somente em 2007 -, o redutor de colesterol Lípitor, a biodisponibilidade é de 14%. Por isso, é fundamental ter acesso a esses dados na hora de desenvolver um novo medicamento com propriedades otimizadas”, disse.

De acordo com Andricopulo, a base de dados permite também que o pesquisador faça uma busca por um fragmento de uma molécula, caso trabalhe com uma molécula que não esteja disponível. “É possível encontrar uma imensa quantidade de moléculas. Mas também se pode encontrar, por meio de um fragmento, as propriedades farmacocinéticas aplicáveis ao caso estudado”, destacou.

PK/DB: http://www.pkdb.ifsc.usp.br/


Fonte: Fábio de Castro - Agência Fapesp

"Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria."
Khalil Gibran