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quarta-feira, 15 de março de 2017
Rádios do Mundo
Gire o globo terrestre e sintonize milhares de rádios existentes pelo mundo. O projeto do Netherlands Institute for Sound and Vision, feito com software livre, foi lançado em dezembro de 2016. Há uma clara diferença entre a quantidade de rádios nos Estados Unidos e na Europa em relação à África e à América Latina. Os autores explicam que o problema é em parte técnico e em parte cultural. Há a questão da banda larga e de sistemas proprietários que não permitem o acesso do software. Mas a curadoria foi feita por europeus. "Adoraríamos ter ajuda para crescer nossa coleção nas partes do mundo que não pudemos mapear", diz o Studio Moniker, realizador do projeto.
Radio Garden - http://radio.garden/
via El País Brasil
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Ancine mapeia complexos cinematográficos
Mapa registra, também, complexos comerciais fechados temporariamente ou que tiveram suas atividades encerradas
por Portal Brasil
Na ferramenta, é possível dimensionar tamanho e distribuição geográfica do parque exibidor brasileiro
A Agência Nacional do Cinema (Ancine) publicou o Mapa de Complexos Cinematográficos, que representa visualmente a localização dos complexos cinematográficos comerciais registrados na agência.
Na ferramenta, é possível dimensionar tamanho e distribuição geográfica do parque exibidor brasileiro. O objetivo é oferecer um meio de acompanhamento da execução das políticas públicas de incentivo à expansão do mercado de salas de exibição no Brasil.
No mapa, estão representados os complexos comerciais de salas de cinema, ou seja, os que realizam sessões públicas em que haja cobrança de ingresso e exibição de longas-metragens recém-lançados em projeção digital ou em 35 mm.
Além dos complexos em atividade, o mapa registra também os complexos comerciais fechados temporariamente, por motivo de reforma, ou que tiveram suas atividades encerradas durante o ano corrente e os com previsão de inauguração.
Complexos itinerantes, que realizem exibições esporádicas ou por meio de exibições videofonográficas (a partir de DVDs ou Blu-Rays), não foram incluídos no mapa.
Além de ter acesso à representação visual no mapa, o usuário pode clicar nos ícones que representam cada complexo para consultar endereço, número de registro e quantidade de salas em funcionamento, além de um link para o site do complexo ou do grupo exibidor responsável.
A publicação do Mapa de Complexos Cinematográficos é mais uma iniciativa de transparência da Ancine que visa compartilhar com a sociedade as informações coletadas e processadas em seu setor de registro.
Desde setembro de 2015, o Portal da agência já hospeda um Mapa de Mostras e Festivais Brasileiros, com informações sobre todos os eventos comunicados à Agência que ocorrem em todo o País durante um ano, indicando os festivais em andamento, os já encerrados no ano e o os futuros eventos.
por Portal Brasil
Na ferramenta, é possível dimensionar tamanho e distribuição geográfica do parque exibidor brasileiro
A Agência Nacional do Cinema (Ancine) publicou o Mapa de Complexos Cinematográficos, que representa visualmente a localização dos complexos cinematográficos comerciais registrados na agência.
Na ferramenta, é possível dimensionar tamanho e distribuição geográfica do parque exibidor brasileiro. O objetivo é oferecer um meio de acompanhamento da execução das políticas públicas de incentivo à expansão do mercado de salas de exibição no Brasil.
No mapa, estão representados os complexos comerciais de salas de cinema, ou seja, os que realizam sessões públicas em que haja cobrança de ingresso e exibição de longas-metragens recém-lançados em projeção digital ou em 35 mm.
Além dos complexos em atividade, o mapa registra também os complexos comerciais fechados temporariamente, por motivo de reforma, ou que tiveram suas atividades encerradas durante o ano corrente e os com previsão de inauguração.
Complexos itinerantes, que realizem exibições esporádicas ou por meio de exibições videofonográficas (a partir de DVDs ou Blu-Rays), não foram incluídos no mapa.
Além de ter acesso à representação visual no mapa, o usuário pode clicar nos ícones que representam cada complexo para consultar endereço, número de registro e quantidade de salas em funcionamento, além de um link para o site do complexo ou do grupo exibidor responsável.
A publicação do Mapa de Complexos Cinematográficos é mais uma iniciativa de transparência da Ancine que visa compartilhar com a sociedade as informações coletadas e processadas em seu setor de registro.
Desde setembro de 2015, o Portal da agência já hospeda um Mapa de Mostras e Festivais Brasileiros, com informações sobre todos os eventos comunicados à Agência que ocorrem em todo o País durante um ano, indicando os festivais em andamento, os já encerrados no ano e o os futuros eventos.
terça-feira, 28 de junho de 2016
IBGE lança atlas digital com 780 mapas disponíveis na internet
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta segunda-feira, 27, em seu site na internet o Atlas Nacional Digital do Brasil 2016. O lançamento marca a inauguração da política do IBGE de divulgação anual do Atlas Nacional Digital do Brasil. A base de dados é o Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, publicado em 2010, que inclui 780 mapas.
O Atlas Nacional Digital do Brasil 2016 é estruturado em torno de quatro grandes questões: "O Brasil no mundo"; "Território e meio ambiente"; "Sociedade e economia"; e "Redes geográficas". Além do recurso ao texto escrito, o atlas utiliza mapas, tabelas e gráficos, "o que permite um amplo cruzamento de dados estatísticos e feições geográficas que tornam flexível e abrangente a seleção de informações", diz a nota divulgada pelo IBGE.
O usuário pode ter acesso a todas as páginas da publicação, podendo fazer download e consultar os seus dados geográficos, estatísticos e seus metadados (informações básicas sobre o dado).
O atlas digital possibilita analisar os 780 mapas em um ambiente interativo, com navegação pelo mapa, incluindo a possibilidade de "alterar a escala de visualização, ver e exportar tabelas e arquivos gráficos, personalizar o mapa superpondo temas de várias fontes, gerar imagens, salvar o ambiente de estudo para posterior análise e abrir um ambiente personalizado de estudo".
Além da base do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, a edição 2016 traz ainda 170 mapas com informações demográficas, econômicas e sociais atualizadas e um caderno temático sobre a população indígena no Brasil.
Segundo o IBGE, o atlas digital "faz um mapeamento inédito sobre a localização dessa população dentro e fora das Terras Indígenas, segundo dados do Censo Demográfico 2010".
Conforme o Censo 2010, 517,4 mil indígenas (57,7% do total desta população) viviam nas terras indígenas oficialmente reconhecidas na época da realização da pesquisa. O censo identificou 274 línguas indígenas. Em todo o País, 37,4% dos indígenas de 5 anos ou mais de idade falavam uma língua indígena.
Fonte: UOL
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Mapa de dados das armas
Um globo terrestre em que, quando se clica em cada país, pode se descobrir quando ele ganha em exportação e quanto gasta com importação de armas, com diversas opções de categorias (armas leves, do Exército etc.) Foi desenvolvido com base na ferramenta de visualização das rotas internacionais de armas e munição produzida pelo Google, Instituto Igarapé e Peace Research Institute Oslo. Hoje, o aplicativo tem mais de 35 mil registros de exportações e importações d armas pequenas e leves e munição de mais de 262 estados e territórios desde 1992.
via Le Monde Diplomatique Brasil
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Mapa Racial do Brasil
Com dados do IBGE de 2010, estudantes criaram um visualização racial do Brasil que permite ver por quadras, em algumas cidades, onde moram e como se distribuem brancos, pardos, pretos, amarelos e indígenas, na terminologia do instituto de pesquisa. Inspirados num mapa como esse que havia sido criado nos Estados Unidos, usaram dados públicos e código aberto para criar algo que nenhuma redação brasileira havia feito ainda. O mapa tem mais de dez níveis de zoom e considerou cada pessoa como um ponto colorido na imagem. Como é a divisão racial onde você mora?
via Le Monde Diplomatique Brasil
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Prefeitura lança portal que reúne mapas e informações sobre SP
Criação do GeoSampa estava no Programa de Metas do prefeito Haddad. Plataforma disponibilizará dados que só funcionários públicos tinham acesso.
Tatiana Santiago | G1
A Prefeitura de São Paulo lançou nesta segunda-feira (7) uma plataforma que reúne informações detalhadas e georreferenciadas sobre a cidade. O portal GeoSampa reúne 152 bancos de dados de instituições já existentes, como das secretarias municipais, transportes públicos e 12 mil equipamentos públicos.
A criação do GeoSampa estava no Programa de Metas do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). O endereço do site é geosampa.prefeitura.sp.gov.br.
O acesso é público e não há necessidade de senhas para visualizar o portal. "O GeoSampa é uma plataforma de interface do cidadão com os mapas da cidade", afirmou o prefeito. "Nós estamos dando um salto de qualidade no acesso à informação no município de São Paulo".
A plataforma também irá disponibilizar informações que antes somente funcionários públicos tinham acesso como mapas fiscais de quadras e plantas das quadras.
Também é possível consultar o zoneamento, Plano Diretor, ver mapas históricos, cartas antigas do mapeamento, dados sobre a população como densidade geográfica e vulnerabilidade social.
Cada departamento da Prefeitura vai continuar tendo seu site e atualizar seus softwares.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Mapa das bibliotecas públicas do Brasil
O mapa é uma plataforma livre, gratuita e colaborativa de mapeamento do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. É uma das peças do Cadastro Nacional de Bibliotecas e estará voltado para a difusão e promoção das bibliotecas brasileiras, a fim de reunir informações sobre as bibliotecas públicas e comunitárias.
Visite o mapa e navegue pelas 6021 Bibliotecas cadastradas (municipais e estaduais). Pelo mapa, é possível encontrar dados como endereço e acessibilidade das instituições.
segunda-feira, 8 de junho de 2015
A fim de um passeio literário? Confira o Google Maps de livros
por Fernando Bumbeers | Galileu
Você fica meio perdido quando lê um livro novo e não sabe onde ele se passa? Então esse mapa de livros elaborado pela organização britânica Lovereading vai te ajudar. Até agora, existem 200 obras de literárias cadastradas em todo mapa - que foi feito através do Google Maps. Você mesmo pode adicionar algumas!
"Tivemos a idéia de um mapa do livro por que o livro te transporta para o local onde ele acontece - e eu, por exemplo, sempre gosto de ler um livro baseado em lugares que eu vou viajar", explicou o diretor e co-fundador da Lovereading, Peter Crawshaw para a Wired. "Demorou um pouco para selecionar os 200 livros e, em seguida, fazer toda a pesquisa e construção."
A maioria dos livros contém capa e uma breve sinopse, do tamanho de um tweet. Ainda não existem livros cadastrados no Brasil, mas vários clássicos mundiais já estão na primeira versão do mapa: O amor em tempos de cólera, de Gabriel García Márquez, em Cartagena. On The Road, de Jack Kerouac, em São Francisco. Moby-Dick, de Herman Melville, em Nantucket.
O Reino Unido é o mais recheado de obras, desde os romances policiais de Arthur Conan Doyle até a série Harry Potter de J.K. Rowling. O bacana de ter um mapa de livros é que você pode organizar um passeio literário para o local onde se passa seu livro favorito!
Não achou seu livro favorito no mapa? Calma! Você mesmo pode adicioná-lo. Mas vai ter que esperar até a próxima atualização do mapa, por que as alterações precisam ser aprovadas pela equipe da Lovereading.
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Plataforma online vai criar mapa da cultura e arte em Blumenau
Imagem da plataforma Mapas Culturais de Blumenau (Reprodução)
ClickRBS
Blumenau será uma das primeiras cidades brasileiras a contar com a plataforma online Mapas Culturais, desenvolvida pelo Instituto TIM com o objetivo de criar uma agenda cultural ampla e reunir agentes de cultura públicos e privados em um mesmo banco de dados.
Na prática, é um site muito bem organizado e desenhado que permite a qualquer cidadão visualizar, através de mapas e tabelas, quais são as atrações, artistas, grupos e espaços de arte e cultura de uma cidade ou região.
Convite
A plataforma pode ser acessada em blumenaumaiscultura.com.br. Agentes de arte e cultura, inclusive, já estão convidados a cadastrar bandas, companhias de teatro, casas de shows, galerias de arte etc. A Fundação Cultural de Blumenau, que fez a ponte com o Instituto TIM, já cadastrou a maioria dos projetos e espaços de sua responsabilidade, e ficou responsável por desenvolver uma versão para celulares do Mapas Culturais.
O plano é que no dia do lançamento, 29 de maio, às 13h30min, no salão nobre da prefeitura, o site já conte com uma boa quantidade de dados para impulsionar seu uso entre os agentes de cultura e a população.
ClickRBS
Blumenau será uma das primeiras cidades brasileiras a contar com a plataforma online Mapas Culturais, desenvolvida pelo Instituto TIM com o objetivo de criar uma agenda cultural ampla e reunir agentes de cultura públicos e privados em um mesmo banco de dados.
Na prática, é um site muito bem organizado e desenhado que permite a qualquer cidadão visualizar, através de mapas e tabelas, quais são as atrações, artistas, grupos e espaços de arte e cultura de uma cidade ou região.
Convite
A plataforma pode ser acessada em blumenaumaiscultura.com.br. Agentes de arte e cultura, inclusive, já estão convidados a cadastrar bandas, companhias de teatro, casas de shows, galerias de arte etc. A Fundação Cultural de Blumenau, que fez a ponte com o Instituto TIM, já cadastrou a maioria dos projetos e espaços de sua responsabilidade, e ficou responsável por desenvolver uma versão para celulares do Mapas Culturais.
O plano é que no dia do lançamento, 29 de maio, às 13h30min, no salão nobre da prefeitura, o site já conte com uma boa quantidade de dados para impulsionar seu uso entre os agentes de cultura e a população.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Colaboração do céu
Nascida no Brasil, a plataforma Google Earth Engine é utilizada na elaboração de mapas sobre vários temas a partir de imagens de satélite
Yuri Vasconcelos | Revista Fapesp
© Lucas Cavalcante / USP
Região agrícola da cidade de Bakersfield, na Califórnia, nos Estados Unidos: máscara vermelha mostra plantações de algodão
Em novembro de 2013, o cientista Matthew Hansen, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, publicou na revista Science o primeiro mapa digital em alta resolução da cobertura florestal de todo o planeta e as transformações sofridas por ela entre 2000 e 2012. No fim do ano passado, foi a vez de pesquisadores do Joint Center Research da União Europeia revelarem um mapeamento completo das fontes de água da Terra, feito a partir de imagens de satélite em um nível de detalhamento nunca visto. E, a partir de 2012, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), uma organização ambiental com atuação na região Norte do país, passou a divulgar alertas mensais de desmatamento e degradação da Floresta Amazônica. As três iniciativas usam uma plataforma tecnológica desenvolvida pelo gigante norte-americano Google, chamada Earth Engine, cujo projeto nasceu no Brasil e teve participação decisiva de pesquisadores nacionais.
“O Google Earth Engine é uma plataforma tecnológica para análise de dados ambientais em escala planetária. Ela disponibiliza imagens de satélite produzidas nos últimos 40 anos, atualizadas diariamente, e fornece as ferramentas necessárias e um massivo poder computacional para cientistas e outros interessados detectarem mudanças e tendências na superfície terrestre, nos oceanos e na atmosfera”, explica a cientista da computação Rebecca Moore, líder da equipe Earth Engine, na sede do Google em Mountain View, nos Estados Unidos. “A plataforma é uma ferramenta que democratiza o acesso a dados de satélite, transformando pixels em conhecimento. É justo dizer que o Earth Engine foi concebido no Brasil e guiado por cientistas brasileiros, notadamente os pesquisadores Carlos Souza Júnior, do Imazon, e Gilberto Câmara, do Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais].”
Versão mais sofisticada, avançada e robusta do que o Google Earth - o popular programa computacional que permite a visualização de modelos tridimensionais do globo terrestre -, o Earth Engine também possibilita a elaboração de detalhados mapas do planeta, agregando imagens de satélites, mas vai além. Uma vantagem da plataforma é permitir aos pesquisadores fazer cálculos e processamento de dados na própria nuvem de computadores do Google, o que facilita a extração de informações das imagens. Para se ter uma ideia da facilidade oferecida por esse sistema, Hansen, da Universidade de Maryland, dispôs de 10 mil computadores do Google trabalhando em paralelo, totalizando 1 milhão de horas de processamento. Esse exército computacional analisou 700 mil imagens do satélite Landsat, o equivalente a 20 trilhões de pixels, para produzir o mapa global das florestas do mundo com uma resolução de apenas 30 metros. “Uma tarefa que teria levado mais de 15 anos para ser concluída em um único computador foi finalizada em poucos dias com o Google Earth Engine”, ressalta Rebecca.
© Google Engine
álise temporal do desmatamento na Amazônia: ocupação humana entre 1984 e 2012 ao longo da rodovia BR-364 em Rondônia
Hoje, mais de 3 mil cientistas e instituições ao redor do mundo empregam a plataforma em suas pesquisas. “Com o Earth Engine, pretendemos enfrentar desafios globais em áreas como segurança alimentar, disponibilidade de água, saúde pública, mudanças climáticas e gestão de recursos naturais escassos”, diz Rebecca. A ideia de criar uma ferramenta com esse potencial surgiu em 2008, quando a pesquisadora do Google esteve em Brasília para lançar o Google Earth Solidário, projeto que coloca os sistemas Earth e Maps à disposição de organizações sem fins lucrativos para que possam dar visibilidade às suas causas. “Num intervalo de uma apresentação sobre como os índios suruís usavam tecnologias Google para proteger suas terras, Carlos Souza Júnior se aproximou e disse que, apesar de o Earth e o Maps serem fantásticos, ele sentia uma carência por novas tecnologias de mapeamento que suportassem um monitoramento ambiental em larga escala - um sistema que fosse capaz de mapear, medir e monitorar o desmatamento da Amazônia, por exemplo”, recorda-se Rebecca. O Imazon tinha habilidade técnica e científica para fazer isso, mas estava limitado pela enorme quantidade de imagens de satélite e recursos computacionais exigidos - levava semanas para rodar a análise de desmatamento da organização em um único computador. “Foi, então, que percebemos que este era um desafio em ‘escala Google’.”
A partir daí intensificaram-se os contatos do pesquisador brasileiro e sua equipe com o Google e várias reuniões foram realizadas no Brasil e na Califórnia, nos Estados Unidos, onde fica a sede da companhia. Em 2009, a empresa norte-americana e o Imazon mostraram durante a Convenção do Clima em Copenhague, a COP-15, um protótipo do Google Earth Engine. No mesmo ano, o pesquisador Gilberto Câmara, que na época era responsável por vários produtos do Inpe relacionados ao monitoramento da Floresta Amazônica, foi convidado a participar da criação da plataforma. “Câmara nos orientou sobre uma série de características e configurações de dados que o Earth Engine deveria ter, como, por exemplo, a capacidade de realizar análises temporais. E recomendou que apoiássemos os pesquisadores a fazerem análises de mudanças na cobertura terrestre ao longo do tempo”, diz Rebecca, que estará em João Pessoa, na Paraíba, no fim deste mês de abril para participar do XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Ela irá falar sobre as tecnologias de mapeamento Google na sessão especial “Big Data em observação da Terra: infraestruturas e análises espaço-temporais”.
© Google Engine
... ocupação humana entre 1984 e 2012 ao longo da rodovia BR-364 em Rondônia
O primeiro projeto operacional a usar o Google Earth Engine foi um sistema de monitoramento florestal criado pelo Imazon. Em 2012, quatro anos após o contato inicial com o Google, a organização lançou no Rio de Janeiro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, seu novo Sistema de Alerta de Desmatamento alimentado pelo Earth Engine (SAD-EE). “O Google tornou as coisas mais simples. A integração de nosso Sistema de Alerta de Desmatamento, lançado em 2008, com o Google Earth Engine reduziu drasticamente o tempo despendido por nossa equipe para fazer o gerenciamento de dados e imagens de satélite. O SAD-EE representou uma revolução na forma de monitorarmos nossas florestas. Com ele, conseguimos produzir alertas de desmatamento por meio de boletins de forma rápida, permitindo um combate mais eficaz contra o desmatamento ilegal”, diz Souza Júnior, que é geólogo e pesquisador do Imazon, que tem sede em Belém (PA).
A primeira grande vantagem oferecida pelo SAD-EE, segundo o pesquisador, é que os dados e as ferramentas de processamento de imagens de satélites, edição de mapas digitais e validação do mapeamento estão disponibilizados e rodam nos computadores do Google. Com isso, o tempo necessário para pré-processamento, análise, divulgação dos dados e geração dos alertas reduz-se consideravelmente. A segunda vantagem é a possibilidade de integração com sistemas de comunicação móvel, com smartphones e tablets, e com a rede de computadores da internet. “Isso facilita o acesso aos alertas de desmatamento e de degradação florestal por parte dos usuários”, ressalta Souza Júnior. Ele destaca, ainda, o enorme potencial colaborativo do SAD-EE, que permite a qualquer pessoa fornecer dados e informações coletados em campo e em tempo real.
Além do Imazon, pelo menos uma dúzia de pesquisadores e instituições brasileiras usam o Earth Engine. Uma delas é o Instituto Centro da Vida (ICV), organização não governamental ambientalista sediada em Cuiabá (MT), cujo foco são projetos que conciliem a produção agropecuária e florestal com a conservação e a recuperação do ambiente. “Um diferencial dessas tecnologias é agilidade no acesso e no processamento de dados de sensoriamento remoto”, conta o engenheiro florestal Ricardo Abad, coordenador do Núcleo de Geotecnologias do ICV. O instituto possui diversas atividades em campo, como experimentos de restauro de áreas de preservação permanentes (APPs) e nascentes, além de trabalhos com intensificação de pecuária. Dados desses experimentos são adquiridos, armazenados e compartilhados por meio de ferramentas que têm como base as tecnologias Google Geo.
“Depois de coletarmos em campo imagens de alta resolução - seja com balões, pipas ou vants [veículos aéreos não tripulados] -, nós as arquivamos no Maps Engine, uma plataforma voltada ao armazenamento e compartilhamento de dados geoespaciais. Paralelamente, usamos smartphones com sistema Android que acessam formulários eletrônicos para realizar a coleta de informações em campo usando o Open Data Kit. Esses dados, por sua vez, são armazenados na nuvem Google, permitindo que sejam acessados de qualquer lugar do planeta onde exista internet”, diz Abad. Open Data Kit, ou simplesmente ODK, é um aplicativo que permite a coleta de dados e o envio deles a um servidor on-line com dispositivos móveis Android.
Técnicos e pesquisadores do ICV também empregam as ferramentas Google para verificação de imagens dos alertas de desmatamento emitidos pelo Imazon e Inpe. “A facilidade de acessar imagens muito recentes possibilita grande agilidade na geração de relatórios que podem subsidiar ações de fiscalização. Usamos a plataforma Google Earth Engine para gerar classificações multitemporais de uso e cobertura do solo e, assim, constatar o avanço de culturas, pastagens e reservatórios de usinas hidrelétricas, entre outros, que acabam provocando desmatamento”, diz Abad. “Recentemente, utilizamos essas imagens para verificar o enchimento de um reservatório de uma recém-construída hidrelétrica no rio Teles Pires, que faz a divisa dos estados do Pará e Mato Grosso, constatando o alagamento de extensas áreas de florestas.”
© Google Engine
Primeiro mapa digital das florestas existentes no planeta feito com imagens de satélite
O Earth Engine está também sendo empregado pelo pesquisador Lucas Schmidt Cavalcante, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), para identificar e monitorar culturas agrícolas por meio de imagens de satélite. O objetivo final desse monitoramento é melhorar as estimativas de produção. “Não sou da área de sensoriamento remoto e meu contato com esse campo se deu no ano passado, durante um estágio de quatro meses que fiz no Google na Califórnia”, explica Cavalcante, que é formado em Ciências da Computação. “Naquela ocasião, percebi que o Earth Engine poderia ter uma aplicação interessante para os métodos de classificação que estava desenvolvendo em meu mestrado, com bolsa da FAPESP. A finalidade é estudar tecnologias capazes de detectar diferentes culturas agrícolas. Também planejo avaliar as áreas de plantação de cana-de-açúcar em São Paulo.”
Durante o período em que estagiou no Google, entre maio e agosto de 2014, Cavalcante trabalhou com o time responsável pelo desenvolvimento do Earth Engine. “Meu objetivo foi expandir a API do Earth Engine para possibilitar a análise de séries temporais nos dados de satélite. Fui responsável por implementar um algoritmo que faz a detecção de distúrbios e identificação de tendências em áreas de vegetação. Por exemplo, ele é capaz de detectar áreas de desmatamento e determinar quanto tempo durou esse processo.” API, sigla em inglês para interface de programação de aplicativos, é um conjunto de rotinas e padrões de programação para acesso a um aplicativo de software ou plataforma baseado na web.
“A cultura da cana tem grande importância para o Brasil e o estado de São Paulo responde por cerca de 60% da produção nacional. Logo, ser capaz de estimar e acompanhar a produção canavieira é de fundamental importância”, diz ele, ressaltando que a iniciativa de buscar ferramentas de sensoriamento remoto para melhorar o monitoramento da produção agrícola no mundo foi uma das ações propostas durante reunião dos ministros de Agricultura dos países que integram o G20 - grupo de nações mais desenvolvidas do planeta - realizada em Paris em junho de 2011.
Na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente, a engenheira cartógrafa Arlete Meneguette, professora do Departamento de Cartografia, tem amplo conhecimento das soluções Google Geo. Além de ensinar o uso dessas ferramentas aos seus alunos, ela atua na capacitação de cartógrafos, educadores e outros profissionais que utilizam esses sistemas. Com doutorado em fotogrametria pela Universidade de Londres, na Inglaterra, Arlete é voluntária do Google Maps, líder do Grupo de Educadores Google em Presidente Prudente e revisora regional do Google Map Maker, que permite aos internautas adicionar elementos inéditos no Google Maps e no Google Earth.
“Há democratização de acesso porque os usuários se tornam produtores e consumidores de informação georreferenciada”, destaca Arlete. “Quando contextualizada e significativa, a geoinformação pode se transformar em conhecimento espacial. É nesse ponto que o Google se destaca, porque organiza as informações do mundo e as torna mundialmente acessíveis e úteis.”
© Google
Cacique Almir Suruí conheceu o Google Earth...
Em suas pesquisas sobre geocolaboração - estratégia que permite que profissionais da área e voluntários gerem dados georreferenciados utilizando mapas cognitivos, navegadores GPS, sensores móveis e ferramentas de mapeamento na web -, a professora da Unesp tem validado plataformas de mapeamento colaborativo e participativo do Google. “Fiz uma escolha deliberada por elas, porque são as mais difundidas e utilizadas, e eu percebia uma necessidade de fundamentação teórico-metodológica em seus adeptos”, diz. “A cartografia colaborativa ganha cada vez mais importância por dar oportunidade aos usuários de contribuir com seu conhecimento local para aprimorar os mapas usados por milhões de pessoas.”
Suruís vigiam o próprio território
Além de ser relevante para cientistas em universidades e instituições de pesquisa do Brasil, as tecnologias Google Geo também são um instrumento vital para os suruís, grupo indígena que vive nos estados de Rondônia e Mato Grosso. A aproximação entre os indígenas brasileiros e a gigante da computação teve início em 2007, quando, ao visitar uma lan house, o cacique Almir Suruí conheceu o Google Earth e viu seu potencial para preservar o patrimônio e as tradições de seu povo.
© Google
... e percebeu o potencial para preservar as terras de seu povo
Em seguida, Almir, agraciado como “Herói da Floresta” pelas Nações Unidas em 2013, convidou a equipe do Google Earth Solidário, comandada por Rebecca Moore, para visitar sua tribo e ensiná-los a usar as ferramentas de mapeamento Google para proteger a floresta e a cultura de seu povo. Os membros da tribo aprenderam a criar e postar vídeos no YouTube, marcar a localização de conteúdos e inseri-los no Google Earth, compartilhando sua história e modo de vida. Em 2012, com apoio do Google, os indígenas lançaram o Mapa Cultural Suruí durante o Fórum de Sustentabilidade Empresarial da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável realizada no Rio de Janeiro.
Os suruís, que só tiveram o primeiro contato com o homem branco em 1969, também aprenderam a usar smartphones para vigiar seu território e registrar casos de extração ilegal de madeira. Dessa forma, atuam na proteção da reserva florestal onde vivem. Com o celular, eles capturam fotos e vídeos com marca de localização por GPS, fazem o imediato upload no Google Earth e alertam as autoridades para o desmatamento. Eles também utilizam o Open Data Kit para monitorar o estoque de carbono de sua floresta e negociar no mercado de crédito de carbono. “Os suruís foram o primeiro povo indígena do mundo a vender créditos de carbono com certificação internacional”,
afirma Rebecca.
Em janeiro deste ano, a equipe do Google Earth Solidário participou de um encontro com mais de uma dezena de líderes indígenas em Cacoal (RO), interessados em replicar em seus territórios a bem-sucedida experiência dos suruís no manejo das tecnologias de mapeamento Google. O treinamento de índios dessas tribos dos estados de Rondônia, Pará e Amazonas deve ocorrer ainda este ano, segundo o Google.
dica da Maria Aládia
Yuri Vasconcelos | Revista Fapesp
© Lucas Cavalcante / USP
Região agrícola da cidade de Bakersfield, na Califórnia, nos Estados Unidos: máscara vermelha mostra plantações de algodão
Em novembro de 2013, o cientista Matthew Hansen, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, publicou na revista Science o primeiro mapa digital em alta resolução da cobertura florestal de todo o planeta e as transformações sofridas por ela entre 2000 e 2012. No fim do ano passado, foi a vez de pesquisadores do Joint Center Research da União Europeia revelarem um mapeamento completo das fontes de água da Terra, feito a partir de imagens de satélite em um nível de detalhamento nunca visto. E, a partir de 2012, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), uma organização ambiental com atuação na região Norte do país, passou a divulgar alertas mensais de desmatamento e degradação da Floresta Amazônica. As três iniciativas usam uma plataforma tecnológica desenvolvida pelo gigante norte-americano Google, chamada Earth Engine, cujo projeto nasceu no Brasil e teve participação decisiva de pesquisadores nacionais.
“O Google Earth Engine é uma plataforma tecnológica para análise de dados ambientais em escala planetária. Ela disponibiliza imagens de satélite produzidas nos últimos 40 anos, atualizadas diariamente, e fornece as ferramentas necessárias e um massivo poder computacional para cientistas e outros interessados detectarem mudanças e tendências na superfície terrestre, nos oceanos e na atmosfera”, explica a cientista da computação Rebecca Moore, líder da equipe Earth Engine, na sede do Google em Mountain View, nos Estados Unidos. “A plataforma é uma ferramenta que democratiza o acesso a dados de satélite, transformando pixels em conhecimento. É justo dizer que o Earth Engine foi concebido no Brasil e guiado por cientistas brasileiros, notadamente os pesquisadores Carlos Souza Júnior, do Imazon, e Gilberto Câmara, do Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais].”
Versão mais sofisticada, avançada e robusta do que o Google Earth - o popular programa computacional que permite a visualização de modelos tridimensionais do globo terrestre -, o Earth Engine também possibilita a elaboração de detalhados mapas do planeta, agregando imagens de satélites, mas vai além. Uma vantagem da plataforma é permitir aos pesquisadores fazer cálculos e processamento de dados na própria nuvem de computadores do Google, o que facilita a extração de informações das imagens. Para se ter uma ideia da facilidade oferecida por esse sistema, Hansen, da Universidade de Maryland, dispôs de 10 mil computadores do Google trabalhando em paralelo, totalizando 1 milhão de horas de processamento. Esse exército computacional analisou 700 mil imagens do satélite Landsat, o equivalente a 20 trilhões de pixels, para produzir o mapa global das florestas do mundo com uma resolução de apenas 30 metros. “Uma tarefa que teria levado mais de 15 anos para ser concluída em um único computador foi finalizada em poucos dias com o Google Earth Engine”, ressalta Rebecca.
© Google Engine
álise temporal do desmatamento na Amazônia: ocupação humana entre 1984 e 2012 ao longo da rodovia BR-364 em Rondônia
Hoje, mais de 3 mil cientistas e instituições ao redor do mundo empregam a plataforma em suas pesquisas. “Com o Earth Engine, pretendemos enfrentar desafios globais em áreas como segurança alimentar, disponibilidade de água, saúde pública, mudanças climáticas e gestão de recursos naturais escassos”, diz Rebecca. A ideia de criar uma ferramenta com esse potencial surgiu em 2008, quando a pesquisadora do Google esteve em Brasília para lançar o Google Earth Solidário, projeto que coloca os sistemas Earth e Maps à disposição de organizações sem fins lucrativos para que possam dar visibilidade às suas causas. “Num intervalo de uma apresentação sobre como os índios suruís usavam tecnologias Google para proteger suas terras, Carlos Souza Júnior se aproximou e disse que, apesar de o Earth e o Maps serem fantásticos, ele sentia uma carência por novas tecnologias de mapeamento que suportassem um monitoramento ambiental em larga escala - um sistema que fosse capaz de mapear, medir e monitorar o desmatamento da Amazônia, por exemplo”, recorda-se Rebecca. O Imazon tinha habilidade técnica e científica para fazer isso, mas estava limitado pela enorme quantidade de imagens de satélite e recursos computacionais exigidos - levava semanas para rodar a análise de desmatamento da organização em um único computador. “Foi, então, que percebemos que este era um desafio em ‘escala Google’.”
A partir daí intensificaram-se os contatos do pesquisador brasileiro e sua equipe com o Google e várias reuniões foram realizadas no Brasil e na Califórnia, nos Estados Unidos, onde fica a sede da companhia. Em 2009, a empresa norte-americana e o Imazon mostraram durante a Convenção do Clima em Copenhague, a COP-15, um protótipo do Google Earth Engine. No mesmo ano, o pesquisador Gilberto Câmara, que na época era responsável por vários produtos do Inpe relacionados ao monitoramento da Floresta Amazônica, foi convidado a participar da criação da plataforma. “Câmara nos orientou sobre uma série de características e configurações de dados que o Earth Engine deveria ter, como, por exemplo, a capacidade de realizar análises temporais. E recomendou que apoiássemos os pesquisadores a fazerem análises de mudanças na cobertura terrestre ao longo do tempo”, diz Rebecca, que estará em João Pessoa, na Paraíba, no fim deste mês de abril para participar do XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Ela irá falar sobre as tecnologias de mapeamento Google na sessão especial “Big Data em observação da Terra: infraestruturas e análises espaço-temporais”.
© Google Engine
... ocupação humana entre 1984 e 2012 ao longo da rodovia BR-364 em Rondônia
O primeiro projeto operacional a usar o Google Earth Engine foi um sistema de monitoramento florestal criado pelo Imazon. Em 2012, quatro anos após o contato inicial com o Google, a organização lançou no Rio de Janeiro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, seu novo Sistema de Alerta de Desmatamento alimentado pelo Earth Engine (SAD-EE). “O Google tornou as coisas mais simples. A integração de nosso Sistema de Alerta de Desmatamento, lançado em 2008, com o Google Earth Engine reduziu drasticamente o tempo despendido por nossa equipe para fazer o gerenciamento de dados e imagens de satélite. O SAD-EE representou uma revolução na forma de monitorarmos nossas florestas. Com ele, conseguimos produzir alertas de desmatamento por meio de boletins de forma rápida, permitindo um combate mais eficaz contra o desmatamento ilegal”, diz Souza Júnior, que é geólogo e pesquisador do Imazon, que tem sede em Belém (PA).
A primeira grande vantagem oferecida pelo SAD-EE, segundo o pesquisador, é que os dados e as ferramentas de processamento de imagens de satélites, edição de mapas digitais e validação do mapeamento estão disponibilizados e rodam nos computadores do Google. Com isso, o tempo necessário para pré-processamento, análise, divulgação dos dados e geração dos alertas reduz-se consideravelmente. A segunda vantagem é a possibilidade de integração com sistemas de comunicação móvel, com smartphones e tablets, e com a rede de computadores da internet. “Isso facilita o acesso aos alertas de desmatamento e de degradação florestal por parte dos usuários”, ressalta Souza Júnior. Ele destaca, ainda, o enorme potencial colaborativo do SAD-EE, que permite a qualquer pessoa fornecer dados e informações coletados em campo e em tempo real.
Além do Imazon, pelo menos uma dúzia de pesquisadores e instituições brasileiras usam o Earth Engine. Uma delas é o Instituto Centro da Vida (ICV), organização não governamental ambientalista sediada em Cuiabá (MT), cujo foco são projetos que conciliem a produção agropecuária e florestal com a conservação e a recuperação do ambiente. “Um diferencial dessas tecnologias é agilidade no acesso e no processamento de dados de sensoriamento remoto”, conta o engenheiro florestal Ricardo Abad, coordenador do Núcleo de Geotecnologias do ICV. O instituto possui diversas atividades em campo, como experimentos de restauro de áreas de preservação permanentes (APPs) e nascentes, além de trabalhos com intensificação de pecuária. Dados desses experimentos são adquiridos, armazenados e compartilhados por meio de ferramentas que têm como base as tecnologias Google Geo.
“Depois de coletarmos em campo imagens de alta resolução - seja com balões, pipas ou vants [veículos aéreos não tripulados] -, nós as arquivamos no Maps Engine, uma plataforma voltada ao armazenamento e compartilhamento de dados geoespaciais. Paralelamente, usamos smartphones com sistema Android que acessam formulários eletrônicos para realizar a coleta de informações em campo usando o Open Data Kit. Esses dados, por sua vez, são armazenados na nuvem Google, permitindo que sejam acessados de qualquer lugar do planeta onde exista internet”, diz Abad. Open Data Kit, ou simplesmente ODK, é um aplicativo que permite a coleta de dados e o envio deles a um servidor on-line com dispositivos móveis Android.
Técnicos e pesquisadores do ICV também empregam as ferramentas Google para verificação de imagens dos alertas de desmatamento emitidos pelo Imazon e Inpe. “A facilidade de acessar imagens muito recentes possibilita grande agilidade na geração de relatórios que podem subsidiar ações de fiscalização. Usamos a plataforma Google Earth Engine para gerar classificações multitemporais de uso e cobertura do solo e, assim, constatar o avanço de culturas, pastagens e reservatórios de usinas hidrelétricas, entre outros, que acabam provocando desmatamento”, diz Abad. “Recentemente, utilizamos essas imagens para verificar o enchimento de um reservatório de uma recém-construída hidrelétrica no rio Teles Pires, que faz a divisa dos estados do Pará e Mato Grosso, constatando o alagamento de extensas áreas de florestas.”
© Google Engine
Primeiro mapa digital das florestas existentes no planeta feito com imagens de satélite
O Earth Engine está também sendo empregado pelo pesquisador Lucas Schmidt Cavalcante, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), para identificar e monitorar culturas agrícolas por meio de imagens de satélite. O objetivo final desse monitoramento é melhorar as estimativas de produção. “Não sou da área de sensoriamento remoto e meu contato com esse campo se deu no ano passado, durante um estágio de quatro meses que fiz no Google na Califórnia”, explica Cavalcante, que é formado em Ciências da Computação. “Naquela ocasião, percebi que o Earth Engine poderia ter uma aplicação interessante para os métodos de classificação que estava desenvolvendo em meu mestrado, com bolsa da FAPESP. A finalidade é estudar tecnologias capazes de detectar diferentes culturas agrícolas. Também planejo avaliar as áreas de plantação de cana-de-açúcar em São Paulo.”
Durante o período em que estagiou no Google, entre maio e agosto de 2014, Cavalcante trabalhou com o time responsável pelo desenvolvimento do Earth Engine. “Meu objetivo foi expandir a API do Earth Engine para possibilitar a análise de séries temporais nos dados de satélite. Fui responsável por implementar um algoritmo que faz a detecção de distúrbios e identificação de tendências em áreas de vegetação. Por exemplo, ele é capaz de detectar áreas de desmatamento e determinar quanto tempo durou esse processo.” API, sigla em inglês para interface de programação de aplicativos, é um conjunto de rotinas e padrões de programação para acesso a um aplicativo de software ou plataforma baseado na web.
“A cultura da cana tem grande importância para o Brasil e o estado de São Paulo responde por cerca de 60% da produção nacional. Logo, ser capaz de estimar e acompanhar a produção canavieira é de fundamental importância”, diz ele, ressaltando que a iniciativa de buscar ferramentas de sensoriamento remoto para melhorar o monitoramento da produção agrícola no mundo foi uma das ações propostas durante reunião dos ministros de Agricultura dos países que integram o G20 - grupo de nações mais desenvolvidas do planeta - realizada em Paris em junho de 2011.
Na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente, a engenheira cartógrafa Arlete Meneguette, professora do Departamento de Cartografia, tem amplo conhecimento das soluções Google Geo. Além de ensinar o uso dessas ferramentas aos seus alunos, ela atua na capacitação de cartógrafos, educadores e outros profissionais que utilizam esses sistemas. Com doutorado em fotogrametria pela Universidade de Londres, na Inglaterra, Arlete é voluntária do Google Maps, líder do Grupo de Educadores Google em Presidente Prudente e revisora regional do Google Map Maker, que permite aos internautas adicionar elementos inéditos no Google Maps e no Google Earth.
“Há democratização de acesso porque os usuários se tornam produtores e consumidores de informação georreferenciada”, destaca Arlete. “Quando contextualizada e significativa, a geoinformação pode se transformar em conhecimento espacial. É nesse ponto que o Google se destaca, porque organiza as informações do mundo e as torna mundialmente acessíveis e úteis.”
Cacique Almir Suruí conheceu o Google Earth...
Em suas pesquisas sobre geocolaboração - estratégia que permite que profissionais da área e voluntários gerem dados georreferenciados utilizando mapas cognitivos, navegadores GPS, sensores móveis e ferramentas de mapeamento na web -, a professora da Unesp tem validado plataformas de mapeamento colaborativo e participativo do Google. “Fiz uma escolha deliberada por elas, porque são as mais difundidas e utilizadas, e eu percebia uma necessidade de fundamentação teórico-metodológica em seus adeptos”, diz. “A cartografia colaborativa ganha cada vez mais importância por dar oportunidade aos usuários de contribuir com seu conhecimento local para aprimorar os mapas usados por milhões de pessoas.”
Suruís vigiam o próprio território
Além de ser relevante para cientistas em universidades e instituições de pesquisa do Brasil, as tecnologias Google Geo também são um instrumento vital para os suruís, grupo indígena que vive nos estados de Rondônia e Mato Grosso. A aproximação entre os indígenas brasileiros e a gigante da computação teve início em 2007, quando, ao visitar uma lan house, o cacique Almir Suruí conheceu o Google Earth e viu seu potencial para preservar o patrimônio e as tradições de seu povo.
... e percebeu o potencial para preservar as terras de seu povo
Em seguida, Almir, agraciado como “Herói da Floresta” pelas Nações Unidas em 2013, convidou a equipe do Google Earth Solidário, comandada por Rebecca Moore, para visitar sua tribo e ensiná-los a usar as ferramentas de mapeamento Google para proteger a floresta e a cultura de seu povo. Os membros da tribo aprenderam a criar e postar vídeos no YouTube, marcar a localização de conteúdos e inseri-los no Google Earth, compartilhando sua história e modo de vida. Em 2012, com apoio do Google, os indígenas lançaram o Mapa Cultural Suruí durante o Fórum de Sustentabilidade Empresarial da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável realizada no Rio de Janeiro.
Os suruís, que só tiveram o primeiro contato com o homem branco em 1969, também aprenderam a usar smartphones para vigiar seu território e registrar casos de extração ilegal de madeira. Dessa forma, atuam na proteção da reserva florestal onde vivem. Com o celular, eles capturam fotos e vídeos com marca de localização por GPS, fazem o imediato upload no Google Earth e alertam as autoridades para o desmatamento. Eles também utilizam o Open Data Kit para monitorar o estoque de carbono de sua floresta e negociar no mercado de crédito de carbono. “Os suruís foram o primeiro povo indígena do mundo a vender créditos de carbono com certificação internacional”,
afirma Rebecca.
Em janeiro deste ano, a equipe do Google Earth Solidário participou de um encontro com mais de uma dezena de líderes indígenas em Cacoal (RO), interessados em replicar em seus territórios a bem-sucedida experiência dos suruís no manejo das tecnologias de mapeamento Google. O treinamento de índios dessas tribos dos estados de Rondônia, Pará e Amazonas deve ocorrer ainda este ano, segundo o Google.
dica da Maria Aládia
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Cartografia de Direitos Humanos
Cidade de importantes acontecimentos, sobretudo os que envolvem movimentos sociais, São Paulo tem sua história mapeada pelo projeto Cartografia de Direitos Humanos nessa plataforma digital, lançada oficialmente no dia 4/11 (terça-feira), no Centro Universitário Maria Antonia.
Promovido pela Cátedra Unesco de Educação para Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância e o Instituto de Estudos Avançados da USP, e contemplado no Edital 2013 da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, o projeto Cartografia de Direitos Humanos de São Paulo resgata lugares que sediaram as lutas e as conquistas por direitos humanos na capital paulista.
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Atlas digital traz cenários climáticos futuros para o Brasil
Mapas disponibilizados pela Embrapa foram projetados com base em relatório do IPCC
Agência FAPESP
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) disponibilizou um atlas digital dos cenários climáticos projetados para o Brasil no quarto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), preparado em 2007.
Os mapas climáticos apresentados no atlas trazem temperatura média do ar (mínimas, médias e máximas), precipitação pluvial, umidade relativa do ar e duração do período de molhamento foliar para o país.
São 504 mapas mensais, abrangendo o clima de 1961 a 1990 (período de referência) e simulações para os períodos de 2011 a 2040, 2041 a 2070 e 2071 a 2100, contemplando dois cenários de emissão de gases de efeito estufa calculados pelo IPCC, um otimista (chamado B1) e um pessimista (A2).
O documento é resultado principalmente de dois projetos da Embrapa: "Impactos das mudanças climáticas globais sobre problemas fitossanitários" e “Impacto das mudanças climáticas sobre doenças e pragas em cultivos de importância para a agroindústria da Argentina e do Brasil", realizados em cooperação com o Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria (Inta), da Argentina.
Os autores do Atlas são Emília Hamada e Raquel Ghini, pesquisadoras da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna); José Antonio Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); e Bruno Silva Oliveira e Sulimar Munira Caparoci Nogueira, doutorandos do Inpe em São José dos Campos.
O atlas digital pode ser acessado em http://www.cnpma.embrapa.br/climapest/atlasdigital4r/ ou pela página http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Os mapas que explicam São Paulo
O Núcleo de Acervo Cartográfico do Arquivo Público do Estado de São Paulo é um espaço futurista que reúne mapas que fizeram a vida de tantos profissionais da nossa História. Outrora ocupava andares separados. Hoje, com a torre gigante de 2012, tudo se centraliza, o que garante mais segurança ao documento.
“A gente não anda mais pelo Arquivo para fazer o atendimento. O documento fica na sala ao lado da área reservada à consulta”, comenta Janaína Yamamoto Santos, diretora do Núcleo de Acervo Cartográfico, formada em Geografia.
No total, há 19.500 documentos cartográficos, produzidos e acumulados pelo Estado. São acumulações e doações, mapas recolhidos. E documentos que fazem parte dos chamados relatórios textuais.
O documento textual fica na Guarda Permanente. Ali, o Núcleo Cartográfico tem descoberto muitos mapas que compõe esses relatórios.
POLÍTICAS - Janaína fala do acesso à documentação, da preservação e da digitalização. São políticas do Núcleo de Acervo Geográfico.
1) O acesso, claro, é aberto aos estudiosos e ao público em geral interessado. Basta agendar visitas para as pesquisas.
2) A preservação é a garantia de que o documento será mantido da forma mais científica possível.
3) A digitalização é uma forma de disponibilizar a informação sem a necessidade da consulta do original em todos os casos - já são mais de 5.000 mapas digitalizados na Internet.
“Começamos a digitalização pelos mapas mais consultados, os que sofreram maior ação mecânica, pois é no manuseio que se prejudica o documento. Cria agressões, rasgos, por mais que se tenha cuidado”, conta Janaína.
LINHA DE PRODUÇÃO - No interior do Núcleo, ao qual o pessoal do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC teve acesso, juntamente conosco do Diário - obrigado, Simone Bello! - os preciosos mapas; do lado de fora, o banco de dados.
Dentro, a conservação; fora, a pesquisa dos documentos cartográficos.
Verdadeira linha de produção.
Estúdio fotográfico montado por R$ 100 mil, contra o R$ 1 milhão que custaria a compra de equipamentos específicos. Com o valor dez vezes menor, o mesmo resultado. Mapas de todos os tamanhos são fotografados e limpos. A sujeira é sugada, o mapa volta a ser novo, visível em suas curvas de nível. A capacidade é de se fotografar 30 mapas por período, com 100 mega de resolução cada um.
Duas formas de guarda foram criadas. A solução encontrada permite o acondicionamento em quatro padrões de tamanho, distribuindo o peso dentro da gaveta. Anteriormente, o acondicionamento era do tamanho do documento, criando montinhos que o deturpavam fisicamente.
Os mapas maiores são enrolados. Eliminou-se a tendência deles voltarem a se enrolar sozinhos quando abertos graças ao molde posto no meio, que age pela ação da gravidade. Janaína faz uma demonstração: o documento não joga mais seu peso nele mesmo. A carga fica no molde. Simples, eficiente...
PARCERIA - Com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Alunos de História atuam com a equipe do Núcleo. São bolsistas, mestrandos e alunos. É testada nova metodologia de uso para os documentos cartográficos e históricos.
Pelo convênio, os bolsistas trabalham 40 horas semanais no desenvolvimento do projeto. Bons nomes têm sido revelados.
EXPERIÊNCIAS - Esta carga de conhecimentos está na cabeça das gentes do Acervo Fotográfico. Verdadeiras tecnologias desenvolvidas. Experiências boas que não podem se perder e que devem ser difundidas aos demais arquivos criados ou em processo de criação pelo Estado todo, como os que imaginamos para as sete cidades do Grande ABC, Prefeituras e Câmaras - olha lá, senhores e senhoras gestores e gestoras públicas de Santo André a Rio Grande da Serra, cobrindo as sete cidades.
Cris, uma executiva, há pouco mais de um mês atua no Núcleo Cartográfico com a missão de pôr no papel essas experiências.
“São tecnologias desenvolvidas, modos de trabalho. Produção de conhecimentos, hoje deixada aos acadêmicos. Um problema do Arquivo que temos que superar”, comenta Marcelo Chaves.
E DE REPENTE... - Na saída do Núcleo de Acervo Cartográfico, um mapa exposto permanentemente chama a atenção de Maria de Lourdes Ferreira, a Malu do Centro de Memória de Diadema. É um mapa da Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, datado de 1905, e que leva a assinatura de nomes como o de Theodoro Sampaio. Cobre parte significativa de São Paulo, incluindo-se o nosso Grande ABC.
O vidro impede uma boa reprodução fotográfica. Clicamos uma, duas, dez vezes - reflexos escondem os traços regionais e quase todo rural de um século passado.
Telefonamos, posteriormente, para a Janaína. Ela nos envia um primeiro mapa, de uma região do Estado - mapa que emoldura nossa página Memória hoje.
Mas o que buscamos é o mapa do então município de São Bernardo, abrangente de todo o Grande ABC. Aquele, de 1905, da turma de Theodoro Sampaio.
Janaína nos atende mais uma vez. O mapa ansiado já está com Memória. E é tão importante e rico que ele ilustrará por inteiro esta página Memória de amanhã. Um presente do Arquivo Público do Estado ao leitor do Grande ABC.
Ademir Medici | Diário do Grande ABC
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Site tem 4,6 gigabytes de informação sobre SP
Artur Rodrigues - O Estado de S.Paulo
A página Dados Abertos, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, entra no ar hoje com 4,6 gigabytes de informações sobre a cidade. No acervo, estão mapas e estatísticas. A ideia é que estudantes, pesquisadores, empresas, entre outros, possam consultar os dados. Entre os destaques da página está o mapa digital da cidade, composto por bases cartográficas altimétricas (como curvas de nível) e planimétricas (hidrografia, edificações, quadras, lotes e sistema viário). Ainda na área de mapas é possível ver onde estão todas as favelas, cortiços, cemitérios, shoppings e bacias hidrográficas.
Um dos mapas também tem os perímetros de referências urbanas, como aeroportos, museus, universidades, hospitais, mercados, estádios e clubes. De acordo com o diretor do Departamento de Produção e Análise de Informação (Deinfo), Tomás Cortez Wissenbach, os dados vêm sendo sistematizados desde março. Trata-se de um processo complexo, já que na administração municipal operam vários sistemas diferentes - alguns deles desde a década de 70. "Divulgar os dados é uma forma que a Prefeitura tem de chamar a sociedade para pensar junto a cidade", afirma. "Não é possível fazer isso sem fornecer as bases para a população."
Também estão no ar dados sobre equipamentos de assistência social e de cultura e feiras livres.
O site é uma parceria com a Controladoria-Geral do Município, responsável pela Lei de Acesso a Informação. "O acesso a informação dá muitas oportunidades para que toda e qualquer ação na cidade, do poder público ou privado, tenha uma maior capacidade de estruturação, a partir do fato de que os dados são efetivamente divulgados de forma aberta", afirma o secretário Fernando de Mello Franco.
A página Dados Abertos, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, entra no ar hoje com 4,6 gigabytes de informações sobre a cidade. No acervo, estão mapas e estatísticas. A ideia é que estudantes, pesquisadores, empresas, entre outros, possam consultar os dados. Entre os destaques da página está o mapa digital da cidade, composto por bases cartográficas altimétricas (como curvas de nível) e planimétricas (hidrografia, edificações, quadras, lotes e sistema viário). Ainda na área de mapas é possível ver onde estão todas as favelas, cortiços, cemitérios, shoppings e bacias hidrográficas.
Um dos mapas também tem os perímetros de referências urbanas, como aeroportos, museus, universidades, hospitais, mercados, estádios e clubes. De acordo com o diretor do Departamento de Produção e Análise de Informação (Deinfo), Tomás Cortez Wissenbach, os dados vêm sendo sistematizados desde março. Trata-se de um processo complexo, já que na administração municipal operam vários sistemas diferentes - alguns deles desde a década de 70. "Divulgar os dados é uma forma que a Prefeitura tem de chamar a sociedade para pensar junto a cidade", afirma. "Não é possível fazer isso sem fornecer as bases para a população."
Também estão no ar dados sobre equipamentos de assistência social e de cultura e feiras livres.
O site é uma parceria com a Controladoria-Geral do Município, responsável pela Lei de Acesso a Informação. "O acesso a informação dá muitas oportunidades para que toda e qualquer ação na cidade, do poder público ou privado, tenha uma maior capacidade de estruturação, a partir do fato de que os dados são efetivamente divulgados de forma aberta", afirma o secretário Fernando de Mello Franco.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Terra Média na web
Foram muitas as ações publicitárias em torno de O Hobbit - a desolação de Smaug, longa de Peter Jackson que chegou aos cinemas no dia 13 de Dezembro. Entretanto, uma das mais originais - e que levou os fãs da série à loucura - foi a Jornada pela Terra Média - uma experiência do Google, página promocional do filme na internet que dá vida aos locais (como Mata dos Trolls, Valfenda e Dol Guldor) e personagens da trilogia com uma combinação de tecnologias supermodernas. Clicando sobre qualquer uma das localidades, informações sobre a região surgem em uma nova tela. Ao final da apresentação, ainda é possível caminhar pelo local, por meio de imagens em 3D do ponto de vista de primeira pessoa. O recurso, on-line e gratuito, pode ser acessado somente via Google Chrome, no endereço http://middle-earth.thehobbit.com/map
via Ver Vídeo
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
National Geographic adiciona centenas de mapas antigos ao Google Maps
Base pública de dados será gratuita para consulta. Por enquanto, é possível conferir dois exemplos
Por Nilton Kleina | Tecmundo
(Fonte da imagem: Reprodução/Google Maps)
A Google inaugurou o mais novo projeto da empresa da melhor forma possível. O novo Google Maps Engine, que permite que parceiros usem a base de dados e localização para distribuir outros conteúdos relacionados, estreia com a adição de mais de 500 mapas antigos de várias partes do mundo, graças a um esforço da National Geographic.
O sistema sobrepõe mapas antigos aos "atuais" e mostra nomes de cidades, rotas e divisas que podem ter mudado nos últimos séculos. Como são páginas de publicações, várias informações adicionais sobre os locais são encontradas ao lado dos mapas em si.
Segundo o diretor da National Geographic Maps, o projeto é uma forma de compartilhar a coleção da instituição com qualquer pessoa e "contar histórias" sobre todas as partes do mundo. Essa consulta será gratuita, mas versões impressas em alta resolução das páginas serão vendidas separadamente.
As camadas de mapas adicionadas pela National Geographic serão adicionadas em breve no serviço Google Maps Engine, mas você pode navegar pela Inglaterra medieval e pela República Dominicana da época das Grandes Navegações na postagem oficial da empresa sobre o tema.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Busca por voz e mapa em 3D são as próximas novidades do Bing
Visando acirrar a disputa com o Google, Microsoft adiciona novos recursos ao aplicativo do buscador que estará presente no Windows 8.1.
Por Douglas Ciriaco | Tecmundo
Durante o BUILD 2013, a Microsoft apresentou algumas novidades para tentar colocar o Bing na briga com o seu grande rival, o Google. O buscador da fabricante do Windows teve novidades anunciadas nesta quarta-feira (26), como a busca por voz e também a exibição de mapas em 3D.
O vice-presidente do Bing, Gurdeep Singh Pall, destacou que a ferramenta começa a se ampliar, indo além da simples função de busca. Ele afirma que o Bing agora pode ser “um espaço para toda uma série de coisas interessantes”. As novidades estarão disponíveis no aplicativo do Bing para a versão final do Windows 8.1, a primeira atualização da nova versão do SO.
Durante a demonstração, Pall mostrou um pouco como vai funcionar a nova ferramenta. Ao visualizar a localização de um museu na ferramenta de mapas do Bing, ele pergunta “Quem é o arquiteto?” e então a resposta pula na tela.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Bing Maps ganha 270 TB de imagens aéreas
Além de oferecer imagens mais detalhadas de localidades históricas, o serviço também passa a contar com a ferramenta Comunique um problema — caso o Bing marque uma localização incorretamente.
Por Carlos Eduardo Ferreira | Tecmundo
Stavanger, Noruega (Fonte da imagem: Reprodução/Bing)
É claro que os 215 TB acrescentados ao Bing Map no ano passado fizeram saltar alguns olhos. Mas o serviço foi além agora, acrescentando ao seu banco de dados 270 TB de imagens aéreas de alta-resolução ("vista de pássaro") — cobrindo um grande número de localidades ao redor do globo.
Entre as adições mais notáveis, aparecem Roma e Milão, na Itália, assim como Stavanger, na Noruega e Kaanapali, no Havaí. Ao banco de dados mais “parrudo” juntam-se ainda melhorias no sistema Venue Maps. O serviço passa a contar com um número maior de “pontos de interesse”, incluindo ainda a ferramenta “Comunique um problema” — de maneira que os usuários podem avisar o Bing caso uma localização seja marcada incorretamente.
Interessado em um rápido tour global fora dos “assentos” do Google Maps? Então experimente o Bing clicando aqui.
Por Carlos Eduardo Ferreira | Tecmundo
Stavanger, Noruega (Fonte da imagem: Reprodução/Bing)
É claro que os 215 TB acrescentados ao Bing Map no ano passado fizeram saltar alguns olhos. Mas o serviço foi além agora, acrescentando ao seu banco de dados 270 TB de imagens aéreas de alta-resolução ("vista de pássaro") — cobrindo um grande número de localidades ao redor do globo.
Entre as adições mais notáveis, aparecem Roma e Milão, na Itália, assim como Stavanger, na Noruega e Kaanapali, no Havaí. Ao banco de dados mais “parrudo” juntam-se ainda melhorias no sistema Venue Maps. O serviço passa a contar com um número maior de “pontos de interesse”, incluindo ainda a ferramenta “Comunique um problema” — de maneira que os usuários podem avisar o Bing caso uma localização seja marcada incorretamente.
Interessado em um rápido tour global fora dos “assentos” do Google Maps? Então experimente o Bing clicando aqui.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Israel digitaliza arquivos arqueológicos
A Autoridade de Antiguidades de Israel está digitalizando documentos, fotografias e mapas. Na primeira fase, o conteúdo contempla Jerusalém e Akko entre os anos de 1919 e 1948, além de material de escavações arqueológicas realizadas nos anos de 1867 a 1870. Os arquivos já estão disponíveis para visualização online.
Segundo Uzi Dahari, diretor-adjunto da Autoridade de Antiguidades de Israel, a digitalização dos arquivos tem o objetivo de disseminar informação para todo o mundo, por isto os arquivos foram digitalizados de acordo com regras que são adequadas para as necessidades de pesquisadores.
Israel tem cerca de 30 mil sítios arqueológicos.
Saiba mais.
Fonte: Conib
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Historypin = Fotos históricas em mapas atuais
O site Historypin é como uma máquina do tempo digital que nos permite ver e compartilhar nossas histórias pessoais de uma forma totalmente nova.
O site usa o Google Maps e Street View e espera se tornar o maior arquivo gerado pelo usuário de imagens históricas do mundo.
O que também é muito legar no Historypin é que podemos enviar as fotos dos nossos avós, pais, etc… em determinado lugar e mostrar como o mesmo está hoje, ou seja, a imagem antiga (dos nossos avós) sobre a atual e ainda incluir a história da foto. Veja a imagem ao lado.
No site podemos ainda navegar por época e regiões e ver as quase 7 mil fotos que já tem no site.
Site muito interessante recomendado também para historiadores, professores, educadores e etc..
Você precisa levar esse site para seus alunos.
Fonte: No mundo e nos livros
via Biblioteca UCS
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