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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Biblioteca Virtual do Pensamento Social - BVPS


A Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS) é uma iniciativa de cooperação entre pesquisadores e instituições acadêmicas com o objetivo de fortalecer e divulgar esta área de pesquisa. A partir da BVPS, procura-se cartografar, organizar e disponibilizar a produção intelectual sobre o pensamento social, isto é, as pesquisas dedicadas ao estudo das interpretações do Brasil em suas diferentes linguagens - intelectual, científica, artística -, e através de diferentes disciplinas - ciências sociais, história, literatura e artes -, envolvendo ainda comparações com outras sociedades.

É possível encontrar teses, dissertações e artigos provenientes dessas diferentes áreas, sobre temas e autores centrais para o pensamento social brasileiro, entre eles:

Alberto Torres
André Rebouças
Antonio Candido
Caio Prado Jr.
Carlos Chagas
Celso Furtado
Euclides da Cunha
Florestan Fernandes
Gilberto Freyre
Guerreiro Ramos
Joaquim Nabuco
Mário de Andrade
Monteiro Lobato
Oliveira Vianna
Raymundo Faoro
Sérgio Buarque de Holanda
Sílvio Romero



sexta-feira, 8 de abril de 2016

Mapa de dados das armas


Um globo terrestre em que, quando se clica em cada país, pode se descobrir quando ele ganha em exportação e quanto gasta com importação de armas, com diversas opções de categorias (armas leves, do Exército etc.) Foi desenvolvido com base na ferramenta de visualização das rotas internacionais de armas e munição produzida pelo Google, Instituto Igarapé e Peace Research Institute Oslo. Hoje, o aplicativo tem mais de 35 mil registros de exportações e importações d armas pequenas e leves e munição de mais de 262 estados e territórios desde 1992.

via Le Monde Diplomatique Brasil


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Mapa Racial do Brasil



Com dados do IBGE de 2010, estudantes criaram um visualização racial do Brasil que permite ver por quadras, em algumas cidades, onde moram e como se distribuem brancos, pardos, pretos, amarelos e indígenas, na terminologia do instituto de pesquisa. Inspirados num mapa como esse que havia sido criado nos Estados Unidos, usaram dados públicos e código aberto para criar algo que nenhuma redação brasileira havia feito ainda. O mapa tem mais de dez níveis de zoom e considerou cada pessoa como um ponto colorido na imagem. Como é a divisão racial onde você mora?





via Le Monde Diplomatique Brasil

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Verdade Aberta


A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo lançou um site com o resultado de sua investigação. Cada seção do relatório, lançado em 12 de março de 015, tem sua versão multimídia, com centenas de materiais complementares - imagens, vídeos, áudios, mapas. Com uma navegação simples, direta, limpa, é um exemplo de design bem resolvido. Todo o conteúdo é licenciado em Creative Commons 4.0, o que significa liberdade para cópia, inclusive para fins comerciais. Lucas Pretti, jornalista responsável pela estratégica digital, conta que originalmente o relatório era "só um PDF gigantesco, voltado para pesquisadores", mas houve um trabalho de abrir as informações para que fossem facilmente encontradas no Google ou no Facebook. verdadeaberta.org

via Le Monde diplomatique Brasil

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Prefeitura de São Paulo lança portal com informações sobre imigrações


Site é parceria com Instituto de Relações Internacionais da USP. Conteúdo irá orientar política municipal e dará informações sobre direitos dos estrangeiros na cidade

por Gisele Brito, da RBA

Na próxima quarta-feira (13), a prefeitura de São Paulo, em parceria com o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, lança o portal Cosmópolis, que reunirá informações produzidas na academia por pesquisadores da questão da imigração e ajudará a administração municipal a dimensionar a questão e elaborar políticas específicas. O portal também terá prestação de serviços voltada aos imigrantes, com informações sobre documentação e direitos garantidos.

Com o aquecimento da economia, o Brasil voltou a ser rota de imigrações. Entre 2011 e o final do primeiro semestre deste ano, 209 mil pessoas receberam visto de trabalho - 18.647 permanentes. Mas, apenas em São Paulo, há cerca de 390 mil estrangeiros em números oficiais. A prefeitura, no entanto, estima que sejam muitos mais, somados os indocumentados. “Olhando o panorama Brasil, que tem reflexo em São Paulo, o número de imigrantes dobrou de 2010 para cá. A gente estima que sejam 600 mil pelo menos em São Paulo”, afirma o coordenador das Políticas para Migrantes da secretaria municipal de Direitos Humanos, Paulo Illes. “O principal do portal é que ele passa a ser o espaço em que a gente disponibiliza informações úteis sobre direitos, sobre a conjuntura política e trabalho acadêmicos para a população imigrantes.”

O portal faz parte de um projeto mais amplo, que deve incluir o mapeamento do atendimento feito aos imigrantes em todos os serviços oferecidos pela prefeitura. Fernando Haddad (PT) se comprometeu em seu plano de metas a criar e implementar uma política municipal para migrantes, o que pode evitar a submissão de bolivianos e peruanos a situações análogas à escravidão, por exemplo

Ou que a cidade passe por outras crises como a enfrentada em maio deste ano, quando haitianos desembarcaram na cidade demandando assistência social e abrigo em um curto período de tempo. Desde 2010, quando um terremoto destruiu o país caribenho, os haitianos têm vindo buscar melhores condições de vida no Brasil. Eles acessam o país pelo Acre, mas, depois da enchente do rio Madeira, o governo estadual resolveu acelerar o fluxo em direção ao Sudeste, onde há mais oportunidades de trabalho. Em três meses, mais de 2 mil haitianos vieram para São Paulo. Atualmente, cerca de 120 chegam semanalmente.

Por causa de um estatuto ultrapassado que trata os estrangeiros como assunto de polícia, os imigrantes, mesmo os legais, ainda têm a vida bastante dificultada no país inteiro. A legislação não permite, por exemplo, que eles votem ou sejam votados em eleições oficiais ou em sindicatos, por exemplo. Para contornar essa dificuldade, a prefeitura de São Paulo precisou criar uma cadeira específica para conselheiros imigrantes nos Conselhos Participativos da cidade.

Uma nova lei para reger a vinda e estada dos estrangeiros no país está sendo debatida. Uma minuta do novo Estatuto do Migrante foi elaborada por uma comissão de especialistas e entregue ao Ministério da Justiça. O texto foi bem recebido por entidades que tratam do assunto e imigrantes - a não ser, pela ausência das garantias de direitos políticos -, que agora esperam que o espírito do texto seja mantido pelo executivo e durante sua tramitação no Congresso Nacional.

A proposta prevê a criação de uma Autoridade Nacional Migratória subordinada ao Ministério da Justiça. O órgão reduziria a burocracia para obtenção e substituição de vistos e garantiria a inclusão social e o respeito aos direitos humanos dos estrangeiros que optarem por se estabelecer no Brasil ou dos refugiados que buscam o país, além de assegurar que toda a família direta de um imigrante também possa viver no país.

Lançamento do portal Cosmópolis

Dia 13.8, das 18h30 às 20h30
Biblioteca Municipal Mário de Andrade
Rua da Consolação, 94, Consolação
Entrada livre e gratuita

terça-feira, 15 de abril de 2014

Site colaborativo mapeia crime em cidades brasileiras



O site colaborativo "Onde Fui Roubado" atingiu a marca de 17 mil denúncias recentemente. Lançado em junho de 2013, a plataforma ganhou desta em matéria do Estadão desta segunda-feira (14).

Idealizado pelos estudantes de Ciências da Computação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Márcio Vicente e Filipe Norton, a plataforma tem a cidade de São Paulo como recordista de denúncias, seguida por Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Infelizmente, a ferramenta só está disponível onde o Google Maps também está, ou seja, 60% das cidades brasileiras.

De acordo com a reportagem, o site tem entre 20 mil e 30 mil visualizações por dia, entre pessoas que denunciam a violência e que monitoram dados e locais com maior incidência criminal.

Visite o site aqui.

Fonte: Redação Adnews



Site Wikicrimes permite que vítimas marquem em mapa locais onde sofreram violência

Ministério da Justiça lança portal sobre segurança pública

sábado, 16 de novembro de 2013

Portal para vítimas de violência

Wikicrimes é uma ferramenta social na internet que agrega informações sobre crimes ocorridos 

Wikicrimes é um software que permite o acesso e registro de ocorrências criminais no computador diretamente em um mapa digitalizado. Por esta razão esta atividade se chama mapear o crime. A filosofia que norteia Wikicrimes é a mesma da enciclopédia Wikipedia. Parte-se do princípio que a participação individual pode gerar uma sabedoria das massas. Ou seja, se todos participarem o mapeamento criminal passa a ser feito colaborativamente e todos terão o benefício de ter acesso às informações de crimes no mapa. Por isso nosso slogan é "Compartilhe informações sobre crimes. Saiba onde não é seguro!". Wikicrimes não é um projeto desenvolvido por uma instituição policial. Trata-se de um projeto de cidadania. É importante ressaltar que não se pode, nem se deseja, substituir os órgãos policiais. O fato de se registrar uma ocorrência em WikiCrimes não exime o cidadão de o fazê-lo também nas organizações de segurança responsáveis.

O site foi concebido por Vasco Furtado, professor titular da Universidade de Fortaleza onde coordena a célula de Engenharia de Conhecimento. Os integrantes desta célula foram participantes ativos do projeto em particular Leonardo Ayres e Rafael Alves.



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O Negro na Imprensa Bahiana no Século XX


Os textos publicados pelos jornais e a construção dos seus discursos, muitas vezes, implícitos no que se referem a uma representação racial têm como pressuposto um tratamento diferenciado das fontes, afinal o discurso tem um lugar onde é produzido.  

Os textos produzidos pelos jornais são, portanto, objeto de conhecimento, já que desde a segunda metade do século XIX a imprensa difundiu-se pelo país e se constituiu no único órgão de comunicação de massa para anunciar remédios, chapéus, licores, roupas e outros produtos estrangeiros, endereços de renomados médicos e cientistas, assim como veiculava o que era considerado notícia, fossem as desavenças pessoais e políticas, ou o que era considerado "estranho’ e não civilizado. 

A disponibilização de matérias de jornais constituem-se, portanto, em releituras interpretativas, assim como possibilita uma maior divulgação de fontes utilizadas ainda de forma  pontual.

O  site tem o propósito de constituir um repertório de fontes da primeira década do século XX, no que se refere a notícias de temática racial, seja através de matérias sobre outros países ou, em maior número, à população afro-brasileira, suas manifestações culturais como sambas, batuques, candomblés, capoeira e entidades carnavalescas, a inserção no mercado de trabalho, através de anúncio de emprego com relevância ao aspecto racial, causas de doenças, mortes, linguagem do cotidiano que remetem à característica dessa população, as suas entidades políticas e condições sociais.

A finalidade é apresentar uma documentação sobre a temática negra, levando em consideração o estado que alguns exemplares de jornais no período pesquisado se encontrava. Essa documentação que não é invisível, posto que a maioria dos jornais encontra-se em livre acesso,  permite-nos observar a importância de matérias contidas nos arquivos e bibliotecas, como depositários de temas para uma história negra e a sua relação com a dinâmica da sociedade brasileira. 





quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal para ‘bairros’ será lançado em 2014 no Brasil



Vista aérea de Manaus, que será uma das sedes da Copa do Mundo 2014. Foto: Chico Batata/Agecom


Os 200 indicadores socioeconômicos do Atlas Brasil 2013, incluindo o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), serão calculados para o nível intramunicipal de 16 regiões metropolitanas brasileiras. São elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Recife, Belém, Manaus, Goiânia, Vitória, Cuiabá, São Luís e Natal.

Os novos dados seguiram o modelo da plataforma do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, lançada em julho deste ano.

“O trabalho é pioneiro no Brasil e vai permitir fazer análises das desigualdades dentro das regiões metropolitanas”, conta Daniela Gomes Pinto, coordenadora do Atlas Brasil 2013 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

“Essa análise é fundamental para municípios metropolitanos. Nas grandes cidades, por exemplo, é possível encontrar os maiores e menores IDHMs do país, o que ajuda na formulação de políticas públicas mais focadas ou ainda a identificar bolsões de carências dentro de áreas supostamente ricas”, explica.

Mais de 300 pessoas estão envolvidas neste trabalho, que será resultado de parcerias com 16 instituições estaduais de pesquisa e estatística, apoiando na construção das divisões intrametropolitanas para que sejam validadas como “unidades de desenvolvimento humano” - o que se aproxima do conceito de bairros.

A expectativa é de que os dados intramunicipais do IDHM e de outros indicadores para as 16 regiões metropolitanas do país sejam lançados no primeiro semestre de 2014.

O IDHM e o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

O IDHM é uma adaptação metodológica do IDH Global para o nível municipal, utilizando outra base de dados — neste caso, os Censos do IBGE — e outra metodologia de coleta de dados, o que torna impossível a comparação entre os dois. Ambos agregam as dimensões longevidade, educação e renda, mas com diferentes indicadores e base de dados para retratar estas dimensões.

A equipe técnica e os parceiros envolvidos neste projeto organizaram a revisão metodológica e conceitual do IDHM - por meio de oficinas com mais de 40 especialistas brasileiros -, compatibilizaram as áreas municipais que sofreram transformações de 1991 até 2010 e analisaram os dados extraídos dos Censos Demográficos do IBGE de 2010, 2000 e 1991.
O Atlas Brasil 2013 — www.atlasbrasil.org.br - é um site de consulta ao IDHM e a mais de 200 indicadores de desenvolvimento humano dos municípios e estados brasileiros. O trabalho é resultado de uma parceria entre PNUD, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Fundação João Pinheiro (FJP).

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Curso de Sociologia do Conhecimento


Neste livro observam as diferenças entre as verdades do conhecimento técnico, as do conhecimento científico, as do conhecimento filosófico.

O texto em versão e-pub pode ser baixado gratuitamente sem exigência de login, clicando aqui


A matéria deste trabalho é a crítica a certos efeitos subordinantes da tecnificação do saber, tomada esta como aspecto da estrutura de classes.

O texto em versão e-pub pode ser baixado gratuitamente sem exigência de login, clicando aqui

Sobre o autor
Além de visitante assíduo do Pesquisa Mundi :), Jacob (J.) Lumier tem artigos publicados no Observatório da Imprensa e trabalhos sociológicos difundidos junto à Web Domínio Público, do Portal MEC.BR, e Web da OEI (Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura). É sociólogo profissional e exerceu a docência, lecionando Sociologia e Metodologia Científica junto à universidade privada e pública. Exerceu também as atividades de pesquisador com o amparo de fundação científica. Atualmente está no OpenFSM.



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Nova base do CEM reúne 50 anos de censos demográficos




Informações integram o "Projeto Censo - Quanto o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos?", do Centro de Estudos da Metrópole


Agência FAPESP - O Centro de Estudos da Metrópole (CEM) - um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP - acaba de disponibilizar um vasto conjunto de bancos de dados referentes a Censos Demográficos realizados pelo IBGE ao longo de meio século e Pesquisas Nacionais por Amostragem de Domicílios (PNADs) coletadas ao longo de 35 anos.

As informações podem ser acessadas no site do CEM, na área Base de Dados, e servem como fonte básica para os trabalhos de investigação de um dos novos projetos do centro, o “Projeto Censo - Quanto o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos?”.

O visitante do site consegue ter acesso a uma enorme variedade de informações originais de pesquisas do IBGE, com a documentação completa.

De acordo com os responsáveis pelo CEM, são microdados das amostras de seis Censos (1960-2010) e de 31 PNADs (1976-2011), que não são encontrados conjuntamente para download em nenhum outro lugar. Além da abrangência na disponibilização das informações, os dados já estão prontos para serem trabalhados (abertos em formato SAV - para o Software SPSS).

Os Censos são decenais e se constituem na principal fonte de informações sociodemográficas do Brasil. Sua coleta se baseia num questionário resumido e aplicado a toda a população, bem como num conjunto estendido de perguntas, que são feitas apenas para uma amostra (de 10% a 25% do total de habitantes - cerca de 20 a 30 milhões de pessoas). Nesta divulgação, o CEM disponibiliza os microdados da amostra.

As PNADs são feitas anualmente e cobrem todo o país trazendo dados detalhados sobre diversos temas. A cada ano, o questionário das PNADs traz também um suplemento, cujo tema sempre varia: saúde, violência, programas sociais etc. Pela sua regularidade e abrangência, estão entre as principais fontes de informação quantitativa para pesquisas sociais - e preenchem todo o período intercensitário.

Com os bancos de dados (em formato SAV) de todos os Censos e PNADs, foram disponibilizados também dicionários de códigos (em formatos DOC, PDF ou XLS) e a documentação complementar original, elaborada pelo próprio IBGE. A extensão e o detalhamento dessas informações variam bastante ao longo dos anos e, por isso, para os anos mais recentes existem mais documentos, relativos a aspectos mais amplos das pesquisas.

Para as PNADs estão disponíveis também os arquivos de banco de dados originais, em formato DAT, que podem ser lidos em qualquer software estatístico com auxílio das informações de layout contidas nos dicionários de variáveis.

Os dados estão incorporados na área de Base de Dados do novo site do Centro de Estudos da Metrópole e podem ser acessados livremente. Basta preencher o cadastro, que é gratuito. Para quem já se cadastrou, basta apenas informar seu endereço de e-mail no espaço correspondente.

Mais informações: www.fflch.usp.br/centrodametropole 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ipea disponibiliza bases de dados para pesquisas sobre participação social



O Ipea, em parceria com a Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR), estabeleceu o tema da participação social e do diálogo com a sociedade como central em sua agenda de estudos. Dado o fortalecimento das relações entre sociedade civil e Estado por meio da ampliação e diversificação dos canais de participação - como conselhos, comissões, conferências, audiências públicas, ouvidorias -, o Instituto considera fundamental conhecer estes espaços democráticos a fim de contribuir com a criação de condições para seu aprimoramento.

Com esta preocupação em mente, a Diretoria de Estudos e Pesquisas sobre o Estado, Instituições e Democracia (Diest/Ipea) conduziu nos últimos anos pesquisas de ampla abrangência sobre conselhos nacionais e conferências nacionais de políticas públicas, integrantes do projeto A Efetividade da Participação Social no Brasil. A primeira reuniu dados sobre o perfil e atuação de 767 conselheiros nacionais e sistematizou informações dos atos normativos dos 24 colegiados pesquisados. A segunda, por sua vez, coletou dados a respeito das formas de organização e regras de participação das 82 conferências nacionais realizadas entre 2003 e 2011. Os relatórios dessas pesquisas podem ser acessados <http://www.ipea.gov.br/participacao>.

A equipe da Diest disponibiliza nessa página as bases de dados resultantes dessas pesquisas com o intuito de democratizar o acesso à informação e contribuir para pesquisas futuras acerca desses temas. As bases estão disponibilizadas em formato de dados abertos, de modo a respeitar a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527) e permitir sua reutilização por meio de metodologias desenvolvidas pela sociedade, possibilitando que novos cruzamentos e análises sejam feitos. A Diest e o Ipea acreditam que os dados coletados nessas pesquisas podem contribuir sobremaneira para o aprofundamento dos estudos sobre participação no Brasil e para o aprimoramento das instituições participativas.

As informações constantes nas bases de dados são de uso livre não comercial, sendo necessária a atribuição de autoria ao esforço de pesquisa. Solicitamos àqueles que porventura usem os dados que citem as pesquisas da seguinte forma:

(IPEA, 2013) IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Conselhos nacionais: perfil e atuação dos conselheiros. Base de dados. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/participacao>. Brasília: Ipea, 2013.

(IPEA, 2013) IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Ampliação da participação na gestão pública: um estudo sobre Conferências Nacionais realizadas entre 2003 e 2011. Base de dados. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/participacao>. Brasília: Ipea, 2013.

(IPEA, 2013) Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A Efetividade da Participação Social no Brasil. Base de dados relativa aos atos normativos de Conselhos Nacionais. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/participacao>. Brasília: Ipea, 2013.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Portal geográfico monitoriza racismo na Europa



Um portal interativo que "aponta" no mapa os casos de racismo, xenofobia e descriminação que vão ocorrendo nos vários países europeus. Esta é a proposta do portal RED lançado recentemente em Bruxelas.


Baseado em informação geográfica e de navegação bastante intuitiva, o portal fornece múltiplas perspectivas sobre a situação da Europa no que toca ao respeito pelos direitos, liberdades e garantias do ser humano. Os dados agregados e dispostos sobre a geografia europeia permitem desde a perspectiva mais rápida, com o número de incidentes assinalados em cada país do mapa europeu, até ao olhar mais selectivo sobre os dados de um determinado país ou sobre uma temática específica, podendo o utilizador ir mesmo ao detalhe de cada incidente concreto.


O portal foi desenvolvido por uma rede europeia de instituições independentes, de 17 países diferentes, dedicadas aos direitos, igualdade e diversidade (RED Network - Rights, Equality and Diversity), no âmbito do projeto "Combating Racism and Xenophobia". Em Portugal, o projeto conta com a participação da Númena, um centro de investigação em ciências sociais e humanas sem fins lucrativos.


Fonte: iGov

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Gilberto Freyre digital

Digitalização do acervo de um dos mais importantes sociólogos do século XX aproxima a sua obra do mercado editorial e prova a atualidade de suas ideias

Monique Oliveira / Isto É

TESOURO
Cartas, fotografias e até recortes de jornais inspiraram Freyre em seus livros

Para chegar à maestria de sua obra-prima, “Casa-Grande e Senzala”, o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre (1900 - 1987) observou, fotografou e documentou o Brasil. Eram os anos de 1930 e, por mais que muitos estudiosos estivessem em busca da identidade brasileira, poucos foram além das teses de gabinete. A difícil tarefa de encontrar padrões na miscigenação só poderia fazer sentido para um observador perspicaz. Freyre anotou palavras, descreveu vestimentas e comportamentos sexuais e detalhou a arquitetura das residências para explicar a estrutura patriarcal da sociedade em que vivia.

Foi uma revolução. O determinismo social e a tese da “raça inferior” eram, então, esmagados por alguém que ousou olhar de fato para o Brasil. Mas, além das obras, o sociólogo deixou um rico material que pode levar a novas descobertas: cartas e contribuições de amigos, registros fotográficos, artigos, livros e anúncios de jornais. Tudo isso está agora digitalizado e disponível no site da Fundação Gilberto Freyre  ( www.fgf.org.br ), que contou com R$ 250 mil do Ministério da Cultura para manter viva a pesquisa desse intelectual. “O importante é que esse material permita que suas ideias, contraditórias ou não, continuem acesas para novas gerações”, disse à ISTOÉ Fernando Freyre, neto do autor.

A digitalização aproxima Freyre do mercado editorial e pretende abrir portas para novos títulos que usem como base os temas tratados por ele. “É uma tentativa de continuar um projeto antigo, de estudar a realidade nordestina brasileira”, explica Fernando. Entre o rico material, há documentos reveladores da passagem do sociólogo pela Universidade de Colúmbia, onde teve contato com as teses culturalistas do germano-americano Franz Boas - essenciais para a separação entre os conceitos de “raça” e “cultura” em “Casa-Grande e Senzala”. Além de documentos formais, há também imagens de suas viagens a ex-colônias portuguesas na África e na Ásia e relatos do cotidiano com familiares e amigos. Em meio a esse mar de informações, a coordenadora do projeto, Jamille Barbosa, revela um curioso método de pesquisa comumente usado por Freyre: “Ele chegou a publicar anúncios nos jornais pedindo fotografias e documentos antigos.” Esse material que lhe chegava era prontamente transformado em preciosidade intelectual, que agora pode ser garimpada gratuitamente na internet.