quarta-feira, 23 de junho de 2010

Novos buscadores querem ocupar espaço deixado pelo Google

por Luiza Dalmazo, Portal Exame




O gigante de buscas Google não tem esse tamanho à toa. A empresa desenvolveu um sistema de buscas inegavelmente eficiente. Mas isso não significa que não haja lacunas - algo conhecido no mundo dos negócios como oportunidades.

Quer um exemplo? A busca não é esperta o suficiente para identificar acessos anteriores que você tenha realizado. Assim, não traz resultados de acordo com o seu perfil. Outro espaço foi ocupado pelo serviço de buscas do Twitter, que traz como resultado não o que é mais relevante ao longo do tempo. Ela atende a necessidade de quem deseja saber o que se fala sobre um assunto enquanto ele acontece.

Nesta semana entrou no ar mais uma novidade, o Quora. Criado por ex-engenheiros do Facebook, o sistema da empresa californiana compila e organiza o conhecimento das pessoas, mas que não estão empacotados em um site da forma que os outros querem saber.

O jornal Wall Street Journal fez um vídeo para falar sobre o novo serviço, em que lembra que o Google recentemente comprou a Aardvark, empresa com serviço parecido com esse por 50 milhões de dólares, e que até hoje não mostrou o que fará com a ferramenta, mas que indica de que é um campo de interesse.

O formato do buscador é o de perguntas e respostas - a empresa direciona as perguntas para os usuários que possam respondê-las da melhor forma. Ele lembra um pouco o Yahoo Answers, mas que é respondido por qualquer usuário. O diferencial pode ser encontrar pessoas preparadas para fornecer as respostas adequadas. As pessoas devem usar seu nome verdadeiro para fazer o registro e podem conectar o Quora ao Facebook ou ao Twitter.

Há algum tempo, o Wolfram Alpha (criado pelo filósofo homônimo) também tentou ocupar uma dessas lacunas. Mas até hoje não parece teria caído no gosto popular. Mesmo assim, atente a quem deseja respostas para questões matemáticas, de resposta direta e até filosóficas, assim como comparativos numéricos e balanços financeiros de grandes empresas.

Sem uma proposta inovadora, quem está tentando enfrentar o Google de frente é o Bing, ferramenta de buscas da Microsoft. A participação de mercado subiu e em maio o sistema já tinha chegado a 12%, segundo a empresa de pesquisas de internet americana comScore.

Ainda é pouco para o gigante e não impressionou como pareceu que fosse. As vendas em alta do sistema operacional Windows 7 - que traz a janelinha de pesquisas do Bing - pode estar ajudando e promovendo o aumento, dando uma falsa ilusão da eficiência da ferramenta, que fora dos Estados Unidos ainda não apresenta resultados satisfatórios às buscas.

E mostrando que o setor está mesmo aquecido, a Microsoft lançou hoje o Bing Entertainment, uma espécie de Bing segmentado, voltado apenas para resultados referentes a filmes, músicas, séries de TV e games.

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