sábado, 2 de abril de 2011

Aí vem o “Facebusca”

Surgiu uma possível imagem de um buscador do Facebook. Pode ser a primeira ameaça real ao Google

Daniella Cornachione - Época

O QUE ELE PROCURA?
Zuckerberg tem uma rede com 600 milhões de pessoas. Ele pode ajudá-las a encontrar o que buscam

Uma imagem postada no site de tecnologia GigaOM, na semana passada, reavivou os rumores de que o Facebook vai lançar um buscador próprio na internet. Na imagem aparece um pequeno pedaço de uma tela de computador, onde estaria uma caixa de busca no topo de uma página dentro do Facebook. Não foi possível confirmar se a imagem é verdadeira. Mas a expectiva de que o Facebook lance algo parecido com isso é extraordinária. O caminho da empresa aponta para esse sentido: criar uma alternativa poderosa, que pode representar a maior ameaça ao Google, atual líder isolado das buscas.

O Google é responsável por 90% dos resultados de busca na internet. Mesmo com a hegemonia, tem pelo menos dois motivos para temer o Facebook. O primeiro é que o Facebook tem o maior repositório de informações pessoais do mundo. São 30 bilhões de peças de informações postadas todo mês por mais de 600 milhões de usuários. E esse conteúdo está bloqueado para as buscas do Google. O Facebook não deixa o Google vasculhar seus servidores. O que aparece são só páginas e perfis. Não consta o que as pessoas escrevem dentro da rede social.

O Facebook recebe 30 milhões de peças de informação por mês. E isso está inacessível ao Google

A segunda vantagem do Facebook é conhecer as preferências de seus usuários. Ele conhece os sites, as frases, as fotos ou os vídeos mais “curtidos” por cada um. Num serviço de busca, seria possível usar os dados de seus amigos para listar os resultados com mais chances de lhe agradar. É a busca social. “Ela será tão grande quanto a busca na web, ou até maior”, afirma Gerd Leonhard, futurólogo em mídia social. O Facebook já começou a organizar essa informação em um serviço chamado gráfico social aberto. Funciona assim: toda vez que alguém “curte” ou “compartilha” algo, dá pistas sobre seus interesses. O gráfico social aberto organiza tudo e constrói uma teia de relações entre as pessoas e a informação que elas indicaram. O serviço é vendido para empresas que querem conhecer seus consumidores.

O Google responde à ameaça apostando na busca social. A última novidade é o “+1”, equivalente ao botão “curtir”, do Facebook. Nos Estados Unidos, as pessoas já podem clicar em “+1” quando desejarem recomendar um link ou um anúncio publicitário nos resultados de buscas. A ideia é que o botão também apareça em sites, como acontece com o “curtir”. Desde fevereiro, quem acessa o serviço Google Social Search (Busca Social do Google) encontra primeiro o conteúdo postado por amigos em redes sociais. Ao procurar um filme, aparece em destaque a opinião de um amigo postada num blog e depois o link para a resenha de um crítico. O desafio do Google é conhecer as conexões entre as pessoas sem uma rede social relevante (seu Orkut só faz sucesso no Brasil). Por isso, ele deverá lançar em breve uma nova rede social, o Google Me. Independentemente de quem ganhe essa corrida, o resultado serão buscas melhores para você.

+ Como seria o buscador do Facebook

2 comentários:

  1. O GOOGLE vai matar o Zuckerberg misteriosamente

    ResponderExcluir
  2. Ele vai nos prejudicar.
    Vamos perder a empresa N°1 de empregos no Brasil!

    ResponderExcluir